Singer
in the Rain
No livro de Nigel
Warburton Uma Breve História da Filosofia, RS, L&PM, 2012, o capítulo
final (40, O moscardo moderno) é dedicado a Peter Singer, o mesmo que com
a minha mais profunda admiração defendeu terminalmente os animais (mas não toda
a vida, embora neles ele naturalmente inclua os primatas). Para o modelo
pirâmide a Vida geral é composta de fungos, plantas, animais e primatas (mas
não humanos, um tipo mais avançado de vida chamada Razão geral) e toda ela deve
ser defendida ferrenhamente, inclusive com a instalação do Congresso da Vida.
CONTANDO SINGER NA CHUVA
O AUTOR É ESTE
|
O LIVRO ADMIRÁVEL É ESTE
|
![]() |
![]() |
Página 239: “Singer
ficou famoso por causa de seus influentes livros sobre o tratamento dos
animais, principalmente Libertação animal,
publicado em 1975”.
|
E na página anterior,
238: “(...) Singer acredita que a eutanásia ou o assassinato misericordioso
possam ser apropriados”.
Poderíamos pensar
que, dado que as pessoas não vivem além dos 120 anos, embora no Ocidente e no
Japão a vida saudável tenha sido para os ricos e as elites empurrada até os 80
anos, pode acontecer que a vida particular de Singer não chegue a mais de 120
ou até seja dolorosa após os 80; de fato, poderiam acontecer acidentes com ele
mesmo com a idade que tenha agora. No sentido de lhe poupar tais potenciais de
dor e sofrimento talvez fosse conveniente assassiná-lo misericordiamente já,
evitando a dúvida corrosiva e a apreensão associada a ela.
Por esse raciocínio,
já que os africanos têm expectativa de vida MUITO MAIS curta (ainda mais
encurtada com a AIDS) talvez fosse conveniente matar misericordiosamente todo o
continente.
E, de fato, há muitos
suicidas entre os nórdicos; quais, potencialmente, não seriam? Não podemos
saber, é decisão de cada um, de modo que talvez fosse conveniente antecipar a
morte das cinco nações (Finlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca e Islândia) para
evitar os conflitos durante o processo que leva ao auto-cerceamento.
E assim por diante.
Mais ainda, já que as
pessoas nas cadeias ofenderam as sociedades, por quê não exercer o assassinato
misericordioso? As deploráveis injeções letais americanas seriam o certo.
Também deveriam voltar os enforcamentos misericordiosos, as guilhotinas
misericordiosas, os cortes misericordiosos de cabeças com machados, as torturas
misericordiosas (pois elas antecipam a morte).
E assim por diante.
E para quê ter filhos
e criá-los, se um dia vão morrer? Não seria misericordioso matá-los no berço
ou, melhor ainda, no útero, ou muito melhor ainda exercendo controle total da
natalidade?
E assim por diante.
Serra, segunda-feira,
01 de outubro de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário