Guerrapaz
Quando propus o
ensinaprendizado, um dos lados do par polar oposto-complementar
ensino-aprendizado dizia respeito à posição sobranceiro-estúpida dos
professores, relativa às urgências caducas do passado, colocadas no ensino, a
prateoria da extração; e o outro lado dizia respeito à posição
subalterno-resistente dos alunos, relativa às urgências competentes do futuro
(no mínimo se deveria raciocinar que ninguém sobre-vive no passado), colocadas
no aprendizado, a prateoria da cessão.
TIRADO DE COMPLETENSINAPRENDIZADO
ENSINO
DE RESPOSTAS PELOS PROFESSORES
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APRENDIZADO
DE PERGUNTAS PELOS ALUNOS
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Ordem
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Caos, progresso
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artificialidade
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espontaneidade
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rigor
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brandura
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oferta forçada
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busca recusada
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Extração de competência para sustentação dos velhos e dos
mortos.
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Escravidão mais ou menos não aceita pelos futuros
donatários.
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É claro que é da
coletividade diminuir as pessoas, em particular as crianças: a confiança não é
para todos, não é generalizada, é seletiva e na prática mínima. É o modo de ser
do Ocidente e mais ainda do Oriente.
Como ensinar as
crianças sobre a guerra?
E ninguém nunca
pensou em ensinar a paz, até porque ninguém sabe o que seja, nem como é obtida:
sabemos que é ela quando não é guerra. E é guerra quando é tiroteio
generalizado (tiroteios seletivos são guerras de gangues ou polícia-bandido).
É uma sociedade muito
burra, mesmo nos países mais avançados. Não confia, des-confia, destrói a
confiança: não é apenas o caso de não confiar, trabalha contra o acreditar.
REVENDO A PAZ E A GUERRA
PAZ
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GUERRAPAZ
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GUERRA
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Não existe
paz-absoluta, nem guerra-absoluta, sempre há de uma e da outra; o excesso de
paz, o pacifismo, a paz pela paz, a superafirmação da paz é tão daninha quanto
o excesso de guerra, o “guerrismo”, a guerra pela guerra, a superafirmação da
guerra.
Se fôssemos honestos
com as crianças conversaríamos com elas como iguais, não colocando-as como
adultos, o que seria errado, mas dialogando como se com iguais.
Nunca se ouviu falar
de guerrapaz ou pazguerra, é coisa do modelo pirâmide, do encontro dos pares
polares oposto-complementares dentro da políticadministração do novo diálogo.
Serra, sexta-feira,
28 de setembro de 2012.
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