Bacon
que Torcia pelos Seus Ídolos
OS ÍDOLOS DE BACON
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Os “ídolos” são classificados em
quatro gêneros, a saber: ídolos da tribo; ídolos da caverna; ídolos do foro e
ídolos do teatro.
Os “ídolos da tribo” [15] são assim chamados porque estão fundados na própria natureza humana ou “na própria tribo ou espécie humana”. [16] Nesses ídolos, com efeito, os homens tomam todo conhecimento dado pelos sentidos como verdadeiros. Eles não conseguem perceber que as percepções alcançadas pelos sentidos são parciais, porque dependem da acomodação própria do homem enquanto espécie. Bacon afirma que os “ídolos da tribo” “têm origem na uniformidade da substância espiritual do homem, ou nos seus preconceitos, ou bem nas suas limitações, ou na sua contínua instabilidade; ou ainda na interferência dos sentimentos ou na incompetência dos sentidos ou no modo de receber impressões”.[17] Existe, dessa maneira, uma disposição para que se pensem as coisas e suas relações em analogia ao homem, para que se espere uma ordem e concordância do universo, que de fato não existe. Os “ídolos da caverna são os dos homens enquanto indivíduos”.[18] Eles expressam os erros provenientes da conformação de cada indivíduo, distinguindo-se, desse modo, dos “ídolos da tribo”, que mencionam a espécie humana. Cada pessoa possui sua própria caverna, que interpreta e distorce a luz particular, à qual estão acostumados. Os “ídolos do foro”[19] são erros gerados pela ambiguidade das palavras e pela comunicação entre os homens, segundo Bacon, são, de todos os ídolos, os mais perturbadores, porque “insinuam-se no intelecto graças ao pacto de palavras e nomes”.[20] Muitas vezes levam os homens a usarem palavras, que não são mais do que abstrações como se fossem nomes de entidades reais. “Os homens, com efeito, creem que a sua razão governa as palavras. Mas sucede também que as palavras volvem e refletem suas forças sobre o intelecto, o que forma a filosofia e as ciências sofísticas e inativas”.[21] Os “ídolos do teatro”[22] são aqueles que “imigraram para o espírito dos homens por meios das diversas doutrinas filosóficas e também pelas regras viciosas da demonstração”.[23] Esses sistemas, segundo o autor, constituíram puras invenções, como as peças de teatros que sucedem na cena e não proporcionam um retrato fiel do universo, tal como ele realmente é. Bacon fez uma severa crítica aos sistemas filosóficos, que dividiu em três tipos: a sofística, a empírica e a supersticiosa. |
Agora está muito mais
completo que em Francis Bacon.
QUANTOS ANOS SE PASSARAM ATÉ O MEIO-DE-VIDA
DELE?
1561-1626
(65 anos, meio de
vida em 1593, 419 anos, quatro séculos)
|
Desde Einstein
poderiam ter visto.
Na realidade os filósofos
poderiam ter raciocinado desde sempre.
RACIOCÍNIOS SOBRE PERCEPÇÃO
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As garagens que recebem os
trens de ondas.
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Nós vivemos em torno
de nossos vícios, vários deles introduzidos pela família e a Fé geral.
Temos vícios
perceptivos.
Eles vêm de muito
longe, vem do próprio Barulhã0 (o Big Bang) como reações físico-químicas, vem
do começo da vida na Terra há 3,8 bilhões de anos, vem da constituição dos
primatas há 100 milhões de anos, do aparecimento dos hominídeos há 10 milhões
de anos, dos NEMAY (neandertais de Eva Mitocondrial + Adão Y) há 300 mil anos,
dos CROM (cro-magnons) há 80 mil anos, de Jericó há 12 mil anos, do começo da
escrita há 5,5 mil anos.
Vem de toda
encruzilhada.
Vem de que precisamos
acreditar, pois desconfiar de tudo não seria produtivo, não nos permitiria
avançar. É certo que a paranóia tem valor de sobrevivência ou não teria
sobrevivido, mas “eles são tão pouquinhos que nem aparecem”, como diz Dolores
Duran na música.
O GRANDE DEBATE SOBRE
A PERCEPÇÃO
(ela foi contemplada na Teoria da Informação e na comunicação, mas não foi tão
fundo quando poderia ter ido)
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Nossos ídolos nos
enganam.
Eles não são como nós
pensamos.
Serra, segunda-feira,
10 de dezembro de 2012.
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