quinta-feira, 23 de agosto de 2018


Um Dia de Lobo e a Primeira Tribo do Cão-Cavalo

 

Nós já vimos que dois eventos foram cruciais para a exponencialização da humanidade (mais que a invenção do fogo, da roda, da canoa, da escrita e de tudo mais):

1.       A criação dos cães a partir dos lobos;

2.       A domesticação do cavalo selvagem.

O fogo teria apenas mantido aquecida a tribo dentro da caverna - deve ter sido descoberto logo cedo - e a roda só faria sentido se a acumulação tivesse principiado. Tanto assim que a civilização só apareceu mesmo a partir de Jericó há 11 mil anos, coincidindo provavelmente com os dois eventos centrais.

Seria preciso retratar um dia inteiro de lobo e compará-lo com o dos cães atuais. Como Gabriel viu a partir de um documentário, os lobos avançam sobre os alimentos, havendo ou não presença do ser humano ou até competindo conosco; o cão espera pacientemente que lhe seja dado – essa seleção genética deve ter custado a morte de muitos deles, até eles terem efetivamente se separado dos seus antepassados em comportamento.

A criação dos bioinstrumentos masculinos e femininos não deve ter levado pouco tempo, nem consumido pouca paciência, disciplina, vontade, persistência até estarem plenamente disciplinados, respondendo com prontidão aos comandos dos homens, isto é, até que nossas mentes e necessidades tivessem penetrado nas e se sobreposto às deles.

Evidentemente, como já disse, houve uma primeira tribo do cão-cavalo, TCC; somos todos descendentes dela (amarelos-asiáticos, negros-afrianos, brancos-europeus), menos os índios, que passaram Bering antes do fim do degelo e das duas domesticações (e porisso mesmo não constituíram impérios tão grandes, embora tivessem cereais).

Onde estão os restos dessa Primeira Tribo?

Como você pode pensar, é fundamental achá-los, pois todos os nossos comportamentos de base derivam dos deles. Entendendo-os entenderemos de onde viemos, o que somos e para onde queremos ir (fora os índios).

Essa passa a ser a tarefa central da antropologia, da arqueologia e da geo-história (seguindo os passos desde a Caverna-Terreirão até a pós-caverna, a pré-cidade e a cidade, ligação com tudo que veio depois). Nesse sentido Jericó é central, porque esperamos encontrar lá ossadas dos bioinstrumentos masculinos e femininos, quer dizer, a primeira cidade deve ser quadro completo da futura evolução, ponto inicial da frase épica da humanidade e de um quadro multimilenar de conquistas.

Vitória, segunda-feira, 02 de julho de 2007.

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