O Mundo Simplexo e a
Superforma Anterior
Nos vários textos do livro anterior e deste
em que vimos discutindo (eu falo, você escuta, pensa, fala com outros, alguém
escreve, talvez chegue de volta a mim até haver verdadeiro diálogo, talvez
através da Internet) a simplificação do planeta, tirando-se todos os excessos
desde as cores até os cheiros, das comidas aos carros, das ruas aos objetos.
UM PLANETA DE EXCESSOS (as pessoas estão
DOENTÍSSIMAS DE DESCOMEDIMENTOS) – excesso de cores, de objetos, de carros, de
fábricas, de alimentos, de armas, de lixo, de odores, de tudo mesmo.
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Não estamos mais vivendo a falta, estamos
vivendo o abuso, a supremacia do exagero, estamos morrendo de complexidade.
Em particular, quando se trata de gente há
muitas roupas de muitas cores e algumas mulheres e homens tem-nas às dúzias,
sobrecarregando nossas memórias, que não se dirigem mais aos indivíduos
usando-os e sim às coisas mesmas: o ser humano foi coisificado, foi
materializado – distanciamo-nos das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e
empresas) para encarnarmos nos objetos.
A humanidade não está morrendo, está morta em
tudo isso que é feio (e está viva em tudo que é beleza formal e conceitual, em
tudo que é feito com apuro e dedicação).
Esse conjunto é a superforma anterior e
exterior.
E há a volta ao conteúdo – sem esquecimento
da forma e das cores – ou conceito para a formação do mundo equilibrado
formestrutural simplexo, simples-complexo, em que em vez de olharmos as roupas
olharemos a pessoa dentro delas. Vamos nos distanciar do exterior para vermos o
interior. Conviveremos, viveremos juntos outra vez.
Vitória, quinta-feira, 05 de julho de 2007.
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