Do Universo Infinito
ao Mundo Fechado
É importantíssimo o que foi feito pelas
tecnociências (de fato, por todo o Conhecimento: Magia/Arte, Teologia/Religião,
Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) nos mais recentes 500 anos
no sentido do alargamento da consciência das possibilidades e da abertura para
a humanidade sobre-vivente: sobrevivente aos seus erros, aos seus desacertos,
às suas desarmonias.
Ter aberto tanto foi ter ido, como na música
de Gilberto Gil, e ter ido foi necessário para voltar tanto mais vivido, tanto
mais vívido ou ardente ou intenso ou luminoso.
A
ABERTURA DO UNIVERSO
· De 4004 antes de
Cristo na Bíblia a 13 bilhões de anos de tempo ou existência;
· De ser somente a
Terra a 13 bilhões de anos de raio;
· De sete planetas e a
Terra a bilhões de galáxias, cada qual com 100 bilhões ou mais de estrelas;
· Vazio incomensurável
em oportunidades de viagem;
· Infinito material de
construção, muito além de toda capacidade humana, etc.
Mas isso apequenou a humanidade.
Levou ao que denominei “pensamento amebiano”,
que considera a Terra um cisco no universo (pelo que seríamos amebas pensantes).
Ao dilatar demais sem a contrapartida do
pensamento aprisionou a humanidade no excesso e na irresponsabilidade, assim
como aconteceu com a Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia, no
centro Vida e no centro do centro racionalidade) e o desprezo por tudo que a
rede biológica e a rede psicológica significam em termos de complexidades.
Agora é preciso voltar. Precisamos olhar a
Terra. A casa onde moramos e na qual temos impudicamente cuspido, emporcalhando
tudo ao nosso redor, dentro da joia preciosa, o diamante azul.
É fundamental reconstruir metodicamente, sem
esquecer a abertura que tanto nos proporcionou. Se a Terra não é centro de todo
o universo, pelo menos é centro do que é nosso, pois só temos acesso a isso.
Vitória, sábado, 14 de julho de 2007.
DOIS
MOVIMENTOS
(baião de dois)
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Back in Bahia
Gilberto Gil
Lá em
Londres, vez em quando me sentia longe daqui
Vez em quando, quando me sentia longe, dava por mim Puxando o cabelo Nervoso, querendo ouvir Cely Campelo pra não cair Naquela fossa Em que vi um camarada meu de Portobello cair Naquela falta De juízo que eu não tinha nem uma razão pra curtir Naquela ausência De calor, de cor, de sal, de sol, de coração pra sentir Tanta saudade Preservada num velho baú de prata dentro de mim Digo num baú de prata porque prata é a luz do luar Do luar que tanta falta me fazia junto com o mar Mar da Bahia Cujo verde vez em quando me fazia bem relembrar Tão diferente Do verde também tão lindo dos gramados campos de lá Ilha do Norte Onde não sei se por sorte ou por castigo dei de parar Por algum tempo Que afinal passou depressa, como tudo tem de passar Hoje eu me sinto Como se ter ido fosse necessário para voltar Tanto mais vivo De vida mais vivida, dividida pra lá e pra cá |
KOYRÈ
QUE RELATOU A ABERTURA
· Do Mundo Fechado ao Universo Infinito
Nesta reedição o autor exibe algumas de suas
melhores análises dos grandes textos clássicos de Nicolas de Cusa, Bruno e
Copérnico, Kepler e Galileu, Descartes, Leibniz e Newton.
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Alexandre
Koyré
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alexandre
Koyré (Taganrog, 1882/1892 - Paris, 28 de
Abril de 1964). Filósofo
francês de origem russa que escreveu sobre história e filosofia da ciência.
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Vida
Koyré nasceu na cidade de
Taganrog no seio de uma família russa de origem judaica. Em Göttingen, na Alemanha, ele estudou com Edmund
Husserl e David
Hilbert. Husserl não aprovou a
dissertação de Koyré, após o que este partiu para Paris.
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DO MUNDO FECHADO AO UNIVERSO
INFINITO
De acordo com Ferrater Mora (1986), a passagem do “finitismo” ao
“infinitismo” cumpriu-se sobretudo durante o século XVII, e de muito diversas
maneiras, no curso da revolução científica e filosófica que Koyré descreveu
como a “destruição do Cosmos”
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