Novarmas
Novas-armas.
Vindo da época quantitativa da
humanidade nos filmes a gente vê (e fica sabendo nos livros escritos) as armas
disparando ou podendo disparar até centenas de tiros por minuto, uma coisa de
doido, indicação firme da demência da humanidade, de nossa doença coletiva de
não pensar na tragédia que é ferir sequer uma pessoa.
Além do mais é em termos de lógica estúpido.
É o que poderíamos chamar de PRINCÍPIO
DA PENEIRA: se você enviar balas em grande quantidade a chance de ferir o corpo
aumenta (e os empresários do setor ganham uma enormidade).
Agora, na época qualitativa não faz
mais sentido proceder assim.
Como já acontece com mísseis, pode
acontecer com armas menores, com fuzis e espingardas, tornando-se estas
automáticas, mirando as fontes de calor e por computação enviando os tiros
apenas aonde elas fossem notadas. Os soldados seriam apenas portadores
conduzindo o programáquina de miratirar de dia ou de noite, fora e dentro
d’água, onde fosse: o computador miraria e atiraria certeiramente, assim como
no filme Robocop o infalível
policial-robô faz.
Mais ainda, quando se trata de
helicópteros e aviões não é lógico disparar uma quantidade enorme de pequenas
balas ineficazes contra tão grandes artefatos: também seria adequado usar
(guiada por computador) a bala pequena como propulsora de uma maior, quer
dizer, a bala atual seria disparada para levar a grande bala explosiva até o
objeto. Se fosse um tanque seria disparada grande bala-de-tanque, um
micro-foquete. A pequena bala (PB), explodindo, carregaria em alta velocidade a
bala grande (BG) até o objeto, onde ela explodiria também. Enfim, a PB seria a
transportadora da BG, apenas um emissário, tudo guiado por máquinas.
É triste que nós, inclusive eu,
estejamos planejando essas novas-armas de destruição e agora com esse aporte
altamente específico e definidor. Mas sempre justificam que podem aparecer os
tiranos e os ditadores e que devemos desalojá-los.
Vitória, quinta-feira, 29 de março de
2007.
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