quinta-feira, 19 de julho de 2018


Novarmas

 

Novas-armas.

Vindo da época quantitativa da humanidade nos filmes a gente vê (e fica sabendo nos livros escritos) as armas disparando ou podendo disparar até centenas de tiros por minuto, uma coisa de doido, indicação firme da demência da humanidade, de nossa doença coletiva de não pensar na tragédia que é ferir sequer uma pessoa.

Além do mais é em termos de lógica estúpido.

É o que poderíamos chamar de PRINCÍPIO DA PENEIRA: se você enviar balas em grande quantidade a chance de ferir o corpo aumenta (e os empresários do setor ganham uma enormidade).

Agora, na época qualitativa não faz mais sentido proceder assim.

Como já acontece com mísseis, pode acontecer com armas menores, com fuzis e espingardas, tornando-se estas automáticas, mirando as fontes de calor e por computação enviando os tiros apenas aonde elas fossem notadas. Os soldados seriam apenas portadores conduzindo o programáquina de miratirar de dia ou de noite, fora e dentro d’água, onde fosse: o computador miraria e atiraria certeiramente, assim como no filme Robocop o infalível policial-robô faz.

Mais ainda, quando se trata de helicópteros e aviões não é lógico disparar uma quantidade enorme de pequenas balas ineficazes contra tão grandes artefatos: também seria adequado usar (guiada por computador) a bala pequena como propulsora de uma maior, quer dizer, a bala atual seria disparada para levar a grande bala explosiva até o objeto. Se fosse um tanque seria disparada grande bala-de-tanque, um micro-foquete. A pequena bala (PB), explodindo, carregaria em alta velocidade a bala grande (BG) até o objeto, onde ela explodiria também. Enfim, a PB seria a transportadora da BG, apenas um emissário, tudo guiado por máquinas.

É triste que nós, inclusive eu, estejamos planejando essas novas-armas de destruição e agora com esse aporte altamente específico e definidor. Mas sempre justificam que podem aparecer os tiranos e os ditadores e que devemos desalojá-los.

Vitória, quinta-feira, 29 de março de 2007.

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