quinta-feira, 5 de julho de 2018


Catedral de i

 

Oh, imagine o universo inteiro – na realidade é um duploverso – que é um só de não-finitos outros no tempo e no espaço: diante disso tudo, nossas catedrais são bem simplórias. Como reverenciar a i (ELI, Elea, Ele/Ela, Deus/Natureza) não-finito? Não há como, está além de toda capacidade de qualquer racional, mesmo os deuses mais altos que controlam superaglomerados e mesmo universos, se isto é possível.

Como diz o povo, “quem tem põe e quem não tem tira”, o critério é o da simplicidade; e mesmo gente tão simples como a da Terra ao rezar em privado ou de público se oferta com devoção e se faz bem feito, porque é do coração - do interior mesmo - sem mentira e sem ocultação (pois nem haveria como, o absurdo gesto de Adão e Eva) é aceito.

CATEDRAIS HUMANAS (são belas para nós, mas somos racionais, parciais, não vemos tudo, nem teremos condição de ver sozinhos)

Scala/Art Resource/Archivo Fotografico Oronoz
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A Catedral de i é o pluriverso todo com o inumerável conjunto não-finito de duploversos. Não há nem remotamente como igualar isso; nem sequer como chegar perto, porisso é melhor não tentar, ofenderia. Entrementes, coisas bem feitas e no limite das possibilidades, ofertadas como piedade, são relevantes.

Vitória, sábado, 17 de fevereiro de 2007.

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