Logo ELI
Nenhum de nós está em momento algum de
sua vida completamente próximo de alguém, nem no útero.
Quando você se deita sobre o lençol ou
se cobre com a coberta só uma parte delas o toca, não a totalidade, pois tudo é
pelo lado de fora forma (forma = FORA na Rede Cognata; superfície = PELE =
PARTE). Quando sentamos na cadeira os átomos exteriores de nossas nádegas tocam
a bermuda que toca a cadeira – são vapores eletromagnéticos em transação.
Não há como atingir o interior.
Mesmo no útero nossa pele exterior
toca o interior de nossa mãe; através do canal de transferência de alimento,
nossa boca-uterina, cordão umbilical ligado à placenta, também só tocamos
exteriores. Interior é o conceito, a substância ideal. Isso só podemos ter em i
(ELI, Elea, Ele/Ela, Deus/Natureza como tríade), o não-finito, pois só em i
podemos ESTAR COMPLETAMENTE EM CONTATO.
Fora isso estamos em solidão.
EM RACIONALIDADE, partidos jamais
estaremos completos POR DEFINIÇÃO – só em i retornaremos à completude. Não é a
toa que existe em nós esse anelo, essa saudade infindável que procuramos
preencher com falsas proximidades (proximidades = FALSAS = PROJEÇÕES =
SECREÇÕES e segue), com interações contínuas por palavras, atos e gestos,
inclusive através do sexo e do amor, com companhias.
Não há jeito.
Pensar nos garante que jamais
poderemos EM RACIONALIDADE estar juntos, verdadeiramente juntos, completamente
juntos. Estamos sempre parcialmente juntos, seccionalmente juntos, por
seções-de-toque, frações com frações, partes com partes. Procuramos a vida toda
estar juntos, mas não há jeito, serão sempre baldados os esforços. O único
jeito verdadeiro é nos dirigirmos a i.
E onde está i?
Está em toda parte, claro, pois tudo é
o não-finito.
Entrementes, não podemos sair de nós e
tocá-lo fora de nós, pois nosso toque é antes de tudo nosso; e nós estamos,
antes de tudo, no interior do corpo, mais que no exterior – a solução já estava
dada desde o princípio, pois i pode ser visto em nosso interior, EM COMUNHÃO,
introjetadamente. Ir a uma igreja ou a um templo não nos leva para junto de i,
exceto no sentido de que ao irmos, irmos em corpo, já levamos o nosso interior;
isso podemos fazer também em casa. A razão de ir às reuniões religiosas é para
estar junto de outros adoradores, o que também é válido, rezar em grupo.
Vitória, quarta-feira, 10 de janeiro
de 2007.
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