quinta-feira, 21 de junho de 2018


A Convivência do Gigante e do Anão

 

Antigamente, lá por 1975, na Secretaria de Estado da Indústria e do Comércio do GEES elaborei uma série chamada IPF Instituto de Pesquisa do Futuro, nos passos do Instituto Hudson – evidentemente ninguém prestou atenção. Nele coloquei esse tema com outra conotação, o problema geral de interface, o que serviria também para a ligação entre os primeiros e os quintos países.

Aqui vamos olhar o período dos gigantes, de -15 a -6 mil anos (não sei quando se firmaram como cultura, a nossa demorou de quatro mil a três mil a.C.), nove mil anos, quando a Glaciação Amena elevou o nível dos mares em relação a agora vários metros, enquanto antes na Glaciação Dura esteve de 140 a 160 metros para baixo.

Gigantes são mais fortes, dão passadas maiores, carregam mais no mesmo tempo: tudo deles é grande. Contudo, não podem ser muitos ou o mundo estaria em perigo na rede ecológica, ecorrede. Tinham de necessariamente ser poucos ou iriam fazer desandar a Natureza em menos tempo que nós. Por comparação, seriam qualitativos, enquanto somos quantitativos, em grande quantidade, agora a caminho de oito bilhões.

Especular não é bom, só a apresentação crescente de suas figuras e cenários é que vai permitir aquilatar; não poderiam ser tantos quanto nós, no máximo algumas centenas de milhões no auge, se tanto, provavelmente muito menos, milhões ou centenas de milhares, uma civilização mais meditativa que a nossa, talvez vivendo mais, sei lá, todo mundo pode pensar variações, não quero ficar nisso aqui, a questão é a dialógica implícita. Qual seria a lógica e a dialética relacional, das relações entre eles, deles com os anões, de todos com a ecologia? Disso deve ter ficado marca nas lendas e mitos, nas memórias dos povos.

Pois, se eram grandes, também é certo que seu deslocamento seria mais lento e custoso, precisariam dos anões, de nossos antepassados. Cada Casa Grande teria uma quantidade enorme de pequenos operadores, que poderiam ser maltratados pelos maus entre eles, sempre os há.

Os ficcionistas poderão fazer qualquer composição em romances, fantasia e FC, nada ficaria garantido, só o real mostrado e visto por muita gente é válido. Com toda certeza os neandertais e os CROM cro-magnons existiram antes e depois, se os gigantes estiveram por lá passaram por eles, a forma de razão dominante. Só quando forem encontradas as casas, as cercas, o gado, os animais gerais, as plantas e os meios de transporte é que ficará configurada essa que é, creio, a verdadeira Idade do Ouro de que falavam os antigos de nossa civilização.

Aí é que as composições realistas poderão ser feitas.

Vitória, quinta-feira, 21 de junho de 2018.

GAVA.

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