A
Convivência do Gigante e do Anão
Antigamente, lá por
1975, na Secretaria de Estado da Indústria e do Comércio do GEES elaborei uma
série chamada IPF Instituto de Pesquisa
do Futuro, nos passos do Instituto Hudson – evidentemente ninguém prestou
atenção. Nele coloquei esse tema com outra conotação, o problema geral de interface,
o que serviria também para a ligação entre os primeiros e os quintos países.
Aqui vamos olhar o
período dos gigantes, de -15 a -6 mil anos (não sei quando se firmaram como
cultura, a nossa demorou de quatro mil a três mil a.C.), nove mil anos, quando
a Glaciação Amena elevou o nível dos mares em relação a agora vários metros, enquanto
antes na Glaciação Dura esteve de 140 a 160 metros para baixo.
Gigantes são mais
fortes, dão passadas maiores, carregam mais no mesmo tempo: tudo deles é
grande. Contudo, não podem ser muitos ou o mundo estaria em perigo na rede
ecológica, ecorrede. Tinham de necessariamente ser poucos ou iriam fazer
desandar a Natureza em menos tempo que nós. Por comparação, seriam
qualitativos, enquanto somos quantitativos, em grande quantidade, agora a
caminho de oito bilhões.
Especular não é
bom, só a apresentação crescente de suas figuras e cenários é que vai permitir
aquilatar; não poderiam ser tantos quanto nós, no máximo algumas centenas de
milhões no auge, se tanto, provavelmente muito menos, milhões ou centenas de
milhares, uma civilização mais meditativa que a nossa, talvez vivendo mais, sei
lá, todo mundo pode pensar variações, não quero ficar nisso aqui, a questão é a
dialógica implícita. Qual seria a lógica e a dialética relacional, das relações
entre eles, deles com os anões, de todos com a ecologia? Disso deve ter ficado
marca nas lendas e mitos, nas memórias dos povos.
Pois, se eram
grandes, também é certo que seu deslocamento seria mais lento e custoso,
precisariam dos anões, de nossos antepassados. Cada Casa Grande teria uma
quantidade enorme de pequenos operadores, que poderiam ser maltratados pelos
maus entre eles, sempre os há.
Os ficcionistas
poderão fazer qualquer composição em romances, fantasia e FC, nada ficaria
garantido, só o real mostrado e visto por muita gente é válido. Com toda
certeza os neandertais e os CROM cro-magnons existiram antes e depois, se os
gigantes estiveram por lá passaram por eles, a forma de razão dominante. Só
quando forem encontradas as casas, as cercas, o gado, os animais gerais, as
plantas e os meios de transporte é que ficará configurada essa que é, creio, a
verdadeira Idade do Ouro de que falavam os antigos de nossa civilização.
Aí é que as
composições realistas poderão ser feitas.
Vitória,
quinta-feira, 21 de junho de 2018.
GAVA.
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