quinta-feira, 24 de maio de 2018


O Consórcio do Preto Leo com o Preto Brás

 

O petróleo e a Petrobrás vão de vento em popa. Não sei se coincide com o envio dos meus escritos à Petrobrás, mas o fato é que o fundo do poço se dará em 2011 com saída da crucialidade inferior em 2015 (é mais complicado que isso, mas fiquemos assim).

A Gazeta de sábado 04 de novembro de 2006 publicou matéria de capa “Produção de petróleo vai crescer 70 % no Estado”, saindo dos atuais 80 mil barris/dia para 140 mil barris/dia imediatamente em 2007, com a entrada em funcionamento da P34, plataforma-navio que estava em reparos no Espírito Santo.

OUTRAS PREVISÕES

EVENTO
PREVISÃO
Plataforma FPSO Cidade de Vitória
Abril 2007
FPSO de Golfinho
Segundo semestre de 2008
P57 em substituição da P34
2010
Navio-plataforma P58 de Cachalote
2011 ou 2012

Tudo isso em conjunto levará a produção a 315 mil barris/dia.

No documento O Impacto dos Royalties na Economia e nas Finanças Públicas do Estado do Espírito Santo e Seus Municípios, UFES/2005, de Sávio Bertochi Caçador, 15,8 mil/barris dia renderam em valores corrigidos perto de 60 milhões de reais (por ano, certamente). Agora estamos (80 mil/15,8 mil =) em pouco mais de 5x, ou seja, R$ 300 milhões/ano. Com a subida para 140 mil barris/dia chegaremos a (140/80 =) 1,75x ou R$ 525 milhões/ano; com 315 mil barris/dia a (315/140 =) 2,25x ou mais de R$ 1.180 milhões em apenas mais cinco ou seis anos.

O que o estado do Espírito Santo e seus municípios vão fazer “com tanto dinheiro”? Com certeza, gastarão. “Dinheiro na mão é vendaval”, diz a música de Paulinho da Viola. Gastarão como novos-ricos, pois não existe política estatal de poupança.

Em todo caso é só o começo, pois o consumo brasileiro passa os 2,0 milhões de barris/dia e mesmo os 315 mil do Espírito Santo pouco passariam de 15 % ou menos de 1/6 do total atual. Então, existe muito espaço para crescimento da participação. Só que diferentemente do estado do Rio de Janeiro cuja população era de 14,4 milhões em 2000 e pode ser agora 16,0 milhões a do Espírito Santo é de uns 3,3 milhões, portanto pouco mais de 20 % ou 1/5 em território equivalente – há menos gente a atender, com pleitos menos exigentes; conseqüentemente tal crescimento equivalerá a uma revolução econômica, atraindo muita gente e investimentos. Um “milagre econômico” chinês, digamos assim, crescimento rápido na casa da dezena de porcento durante várias décadas, talvez. É um novo momento da vida local, cheio de disparidades provindas do orgulho ostentatório ou exibitório sem dúvida alguma.

Vitória, domingo, 05 de novembro de 2006.

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