quinta-feira, 24 de maio de 2018


A Graça e a Maldição de Laure Eve

 

A MOCINHA E O LIVRIM

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A AUTORA.
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O LIVRO.

Laure Eve, Graça e Maldição (Quando a magia é um assunto de família), Rio de Janeiro, Galera Record, 2017 (sobre original de 2016), 345 p.

Não dá para comentar demoradamente um livro inteiro, pois há muita coisa a fazer, “não dá vence” (como diz o povo, não dá vencimento, o volume de entrada é maior ou muito maior que o jorro de saída na caixa d’água). Então, o jeito é pegar partes mais significativas, e assim mesmo nem todas.

Na página 321 ela diz: “- Nas leis da Natureza – retorquiu ela -, você faz justiça com as próprias mãos. A Natureza não se importa com um assassinato se ele for justificado. Uma vida por outra. É assim que se funciona”.

Do par polar Deus-i-Natureza a parte pensante, Deus, se importa, e muito, tanto assim que está nos 10 mandamentos (para os judeus são 613, eles são mais complicados): NÃO MATARÁS (e não é só seres humanos, as criaturinhas estão inclusas, dado que não especifica). A Natureza é inerte, não pensa. Não se importa porque não capta, não percebe, não sente – e quem a segue também não, é como ela insensível, não alcança sequer o primeiro patamar de pensamento (existem quatro verdadeiros, dois pseudo-níveis e um centro geral, portanto, cinco). Retornando ao “olho por olho, dente por dente” a Laure voltou três mil e quinhentos anos, para quando os hebreus começaram a se afirmar através de Moisés: maldição da Eve, ela quer nos fazer recuar, como os novos pagãos. E é, como George R. R. Martin, pregadora do incesto.

E na página 312: “A verdadeira magia só precisava do desejo por si só”. Certo, mas o desejo é o lado de Deus, o lado humano é do querer, que tem intermediação do espaço, do tempo, da energia, do fazer: seria o caso de compreendermos que a verdadeira magia só Deus (O Oculto) pensa e pratica, os seres racionais não têm acesso (ainda bem).

Na página 256: “(...) amaldiçoando os deuses”. Não há deuses, só há Deus, ele é único, não faz sentido dialógico ser diferente. O que há é pretenciosos, criaturas mais poderosas que se passam por Deus para os debaixo, são enganadores.

Em resumo, a Laure patinou feio, escorregou e caiu de cabeça.

Página 210: “Eu não achava que a magia poderia ser do mal”. É, magia = MAL = NEGRA = NATURAL (é magia falsa, só a de Deus é tornada positiva, chamada “magia branca”) = MALDITA e segue na Rede Cognata.

A serpente mostrou a maçã outra vez e Eve caiu mais uma vez.

Vitória, quinta-feira, 24 de maio de 2018.

GAVA.

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