A
Graça e a Maldição de Laure Eve
A MOCINHA E O LIVRIM
A
AUTORA.
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O
LIVRO.
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Laure Eve, Graça
e Maldição (Quando a magia é um assunto de família), Rio de Janeiro,
Galera Record, 2017 (sobre original de 2016), 345 p.
Não dá para
comentar demoradamente um livro inteiro, pois há muita coisa a fazer, “não dá
vence” (como diz o povo, não dá vencimento, o volume de entrada é maior ou
muito maior que o jorro de saída na caixa d’água). Então, o jeito é pegar
partes mais significativas, e assim mesmo nem todas.
Na página 321 ela
diz: “- Nas leis da Natureza – retorquiu ela -, você faz justiça com as
próprias mãos. A Natureza não se importa com um assassinato se ele for
justificado. Uma vida por outra. É assim que se funciona”.
Do par polar
Deus-i-Natureza a parte pensante, Deus, se importa, e muito, tanto assim que
está nos 10 mandamentos (para os judeus são 613, eles são mais complicados): NÃO
MATARÁS (e não é só seres humanos, as criaturinhas estão inclusas, dado que não
especifica). A Natureza é inerte, não pensa. Não se importa porque não capta,
não percebe, não sente – e quem a segue também não, é como ela insensível, não
alcança sequer o primeiro patamar de pensamento (existem quatro verdadeiros,
dois pseudo-níveis e um centro geral, portanto, cinco). Retornando ao “olho por
olho, dente por dente” a Laure voltou três mil e quinhentos anos, para quando
os hebreus começaram a se afirmar através de Moisés: maldição da Eve, ela quer nos
fazer recuar, como os novos pagãos. E é, como George R. R. Martin, pregadora do
incesto.
E na página 312: “A
verdadeira magia só precisava do desejo por si só”. Certo, mas o desejo é o
lado de Deus, o lado humano é do querer, que tem intermediação do espaço, do
tempo, da energia, do fazer: seria o caso de compreendermos que a verdadeira
magia só Deus (O Oculto) pensa e pratica, os seres racionais não têm acesso
(ainda bem).
Na página 256: “(...)
amaldiçoando os deuses”. Não há deuses, só há Deus, ele é único, não faz
sentido dialógico ser diferente. O que há é pretenciosos, criaturas mais
poderosas que se passam por Deus para os debaixo, são enganadores.
Em resumo, a Laure
patinou feio, escorregou e caiu de cabeça.
Página 210: “Eu não
achava que a magia poderia ser do mal”. É, magia = MAL = NEGRA = NATURAL (é
magia falsa, só a de Deus é tornada positiva, chamada “magia branca”) = MALDITA
e segue na Rede Cognata.
A serpente mostrou
a maçã outra vez e Eve caiu mais uma vez.
Vitória, quinta-feira,
24 de maio de 2018.
GAVA.
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