sexta-feira, 25 de maio de 2018


A Realidade de Barbour e Peacocke

 

No livro de Ted Peters e Gaymon Bennet (organizadores), Construindo Pontes entre a Ciência e a Religião, São Paulo, UNESP/Loyola, 2003, capítulo 1, Ciência e Teologia: Interação Mútua, de Robert John Russell & Kirk Wegter-McNelly, na p. 52 os autores dizem:

“Os argumentos de Barbour referentes ao realismo crítico foram desenvolvidos por vários estudiosos. Ao mesmo tempo em que reconhece haver uma diversidade de visões, que afirma ser formas de realismo científico, Arthur Peacocke argumenta que há um ‘núcleo comum’ compartilhado por essas diversas visões. O núcleo tem duas características: uma é que os desenvolvimentos científicos são progressivos, e a outra, que o objetivo da ciência é representar a realidade. Peacocke oferece argumento similar a favor do realismo crítico na teologia. Como a ciência, a teologia acaba por ser de caráter realista: ela faz enunciados sobre a realidade”, negrito meu.

TODOS OS MODOS do Conhecimento fazem. Não é objetivo só da Ciência representar a realidade, o de todas e cada uma das visões também é, cada uma do seu jeito.

OS ANÚNCIOS

·       Enunciados mágicos-artísticos sobre a realidade;

·       Enunciados teológicos-religiosos sobre a realidade;

·       Enunciados filosóficos-ideológicos sobre a realidade;

·       Enunciados científicos-técnicos sobre a realidade;

·       Enunciados matemáticos sobre a realidade.

Só que cada qual vê o elefante-centro de um ponto de vista.

Barbour e Peacocke querem privilegiar a ciência e a teologia, desejando unir as duas para pelo menos acabar com uma oposição, mas isso é insuficiente. É preciso fazer convergir os nove e não dois. Todos os nove modos do Conhecimento vêem a realidade, só que cada um do seu modo; só quando todos se re-unirem será possível ver a realidade-elefante perfeitamente.

O ELEFANTE-CENTRO


Vitória, terça-feira, 07 de novembro de 2006.

 

OS CEGOS VIRAM O ELEFANTE

O professor lê uma história às crianças, por exemplo: O Sábio e o Elefante. Uma vez haviam cinco sábios que viviam juntos numa pequena vila.
Lembrei-me então de uma parábola do Budismo. Cinco sábios se reúnem para debater sobre o que seria um elefante. Arrodeiam um elefante para examiná-lo, mas como eram todos cegos, cada um se aproxima com cautela e se põe a tatear, para depois emitir sua opinião sobre o bicho.

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