A Realidade de
Barbour e Peacocke
No livro de Ted Peters e Gaymon Bennet
(organizadores), Construindo Pontes
entre a Ciência e a Religião, São Paulo, UNESP/Loyola, 2003, capítulo 1, Ciência e Teologia: Interação Mútua, de
Robert John Russell & Kirk Wegter-McNelly, na p. 52 os autores dizem:
“Os argumentos de Barbour referentes
ao realismo crítico foram desenvolvidos por vários estudiosos. Ao mesmo tempo
em que reconhece haver uma diversidade de visões, que afirma ser formas de
realismo científico, Arthur Peacocke argumenta que há um ‘núcleo comum’
compartilhado por essas diversas visões. O núcleo tem duas características: uma
é que os desenvolvimentos científicos são progressivos, e a outra, que o
objetivo da ciência é representar a realidade. Peacocke oferece argumento
similar a favor do realismo crítico na teologia. Como a ciência, a teologia
acaba por ser de caráter realista: ela
faz enunciados sobre a realidade”, negrito meu.
TODOS OS MODOS do Conhecimento fazem.
Não é objetivo só da Ciência representar a realidade, o de todas e cada uma das
visões também é, cada uma do seu jeito.
OS
ANÚNCIOS
·
Enunciados
mágicos-artísticos sobre a realidade;
·
Enunciados
teológicos-religiosos sobre a realidade;
·
Enunciados
filosóficos-ideológicos sobre a realidade;
·
Enunciados
científicos-técnicos sobre a realidade;
·
Enunciados
matemáticos sobre a realidade.
Só que cada qual vê o elefante-centro
de um ponto de vista.
Barbour e Peacocke querem privilegiar
a ciência e a teologia, desejando unir as duas para pelo menos acabar com uma
oposição, mas isso é insuficiente. É preciso fazer convergir os nove e não
dois. Todos os nove modos do Conhecimento vêem a realidade, só que cada um do
seu modo; só quando todos se re-unirem será possível ver a realidade-elefante
perfeitamente.
O
ELEFANTE-CENTRO
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Vitória, terça-feira, 07 de novembro
de 2006.
OS
CEGOS VIRAM O ELEFANTE
O professor lê uma história às
crianças, por exemplo: O Sábio e o Elefante. Uma vez haviam cinco sábios que
viviam juntos numa pequena vila.
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Lembrei-me então de uma parábola do
Budismo. Cinco sábios se reúnem para debater sobre o que seria um elefante.
Arrodeiam um elefante para examiná-lo, mas como eram todos cegos, cada um se
aproxima com cautela e se põe a tatear, para depois emitir sua opinião sobre
o bicho.
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