A Pseudociência da
Programação Neurolinguística
As pessoas que conduzem a Secretaria
de Estado da Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ/ES) não são muito espertas e
embarcam em tudo que parece “avançadinho”. Em anexo você verá uma relação de
cursos onde sugerem Programação
Neurolinguística e Inteligência Prática, que vamos analisar nos termos.
ANDANDO
PELA FAZENDA
(dicionário Aurélio Século XXI)
Programação
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[De programar + ção.] S. f. 1. Ato
de programar, de estabelecer um programa. 2. O programa ou plano de trabalho
de uma empresa, indústria, organização, etc., para ser cumprido ou executado
em determinado período de tempo. 3.
Cin. Teatr. Conjunto ou relação dos filmes, espetáculos ou outros eventos que
serão apresentados durante determinado período em uma sala, circuito, espaço
cultural, etc. 4. Inform. Ciência ou
técnica de elaboração de programas de computador. 5. Rád.
Telev. O conjunto dos programas
[v. programa (7)]. Programação estruturada. 1. Inform. Paradigma de programação que produz
código-fonte de forma modular (q. v.) e hierárquica, visando maior clareza e
independência entre as partes do programa, e propiciando a reutilização de
código. Programação linear. Mat. 1.
Técnica matemática para solução de problemas que envolvem maximização ou
minimização de uma função linear, sujeita a restrições. Ex.: minimização do
custo de transporte, dados os limites de capacidade dos vários meios de
transporte ou rotas disponíveis. Programação orientada a objetos. 1.
Inform. Paradigma de programação no
qual conjuntos de dados e rotinas são tratados como unidades (ditas objetos)
relativamente autônomas, que interagem por meio de mensagens. Programação
visual. 1. Parte do desenho industrial (q. v.) que se ocupa da concepção,
representação gráfica e organização de sistemas e mensagens veiculadas
através de canal visual (sistemas de sinalização, identidade visual de
empresas, planejamento gráfico-editorial, etc.); comunicação visual, design.
2. O produto desta atividade.
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Neuro
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Neur (o)- [Do gr. neûron, ou.] El.
comp. 1. = 'nervo', 'fibra', 'sistema nervoso': neuropata, neurose. [Equiv.:
neuri-, -neur(o)-, -neuro, nevri-, nevr(o)-, -nevr(o)-: neurilema;
trofoneurose; mononeuro; nevrilema; nevralgia, nevropata; trofonevrose. As formas em -v- (este proveniente
da pronúncia bizantina do y [ipsilo] grego) e -u- alternam-se, às vezes,
entre si.]
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linguística
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[Do fr. linguistique.] S. f. E.
Ling. 1. A ciência da linguagem. O estudo da linguagem (8), da gramática das
diferentes línguas, de sua história, bem como da aplicação dos resultados
obtidos na solução de problemas práticos. Lingüística aplicada. E. Ling. 1. Ramo da lingüística voltado
para a solução de problemas, como, p. ex., aqueles que se apresentam no
ensino de línguas. Lingüística descritiva.
E. Ling. 1. Ramo da lingüística que investiga os fatos de línguas
particulares. Lingüística educacional.
E. Ling. 1. Lingüística aplicada ao ensino e à aprendizagem de
línguas. Lingüística estrutural. E.
Ling. 1. Gramática estrutural. Lingüística geral. E. Ling. 1. Ramo da lingüística que procura
estabelecer os princípios gerais da linguagem humana e sua realização em
línguas particulares. Lingüística histórica.
E. Ling. 1. O estudo da evolução das línguas; gramática histórica.
Lingüística neurológica. E. Ling. 1.
V. neurolinguística. Lingüística quantitativa. E. Ling. 1. Ramo da lingüística que, com o
auxílio de técnicas estatísticas, estuda a freqüência e a distribuição de
dados, ger. com base num extenso corpus.
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NEUROLINGUÍSTICA (idem)
[Do fr. linguistique.] S. f. E.
Ling. 1. A ciência da linguagem. O estudo da linguagem (8), da gramática das
diferentes línguas, de sua história, bem como da aplicação dos resultados
obtidos na solução de problemas práticos.
Lingüística aplicada. E. Ling.
1. Ramo da lingüística voltado para a
solução de problemas, como, p. ex., aqueles que se apresentam no ensino de
línguas. Lingüística descritiva. E.
Ling. 1. Ramo da lingüística que investiga os fatos de línguas particulares. Lingüística educacional. E. Ling. 1. Lingüística aplicada ao ensino
e à aprendizagem de línguas. Lingüística estrutural. E. Ling. 1. Gramática estrutural.
Lingüística geral. E. Ling. 1. Ramo da lingüística que procura estabelecer os
princípios gerais da linguagem humana e sua realização em línguas particulares.
Lingüística histórica. E. Ling. 1. O
estudo da evolução das línguas; gramática histórica. Lingüística
neurológica. E. Ling. 1. V. neurolinguística.
Lingüística quantitativa. E. Ling. 1.
Ramo da lingüística que, com o auxílio de técnicas estatísticas, estuda a
freqüência e a distribuição de dados, ger. com base num extenso corpus.
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[De neur (o)- + linguística.] S.
f. E. Ling. 1. Ramo da lingüística que
estuda a estrutura do cérebro humano no que diz respeito à aquisição da
linguagem, às desordens da fala e ao uso de uma língua (8); lingüística neurológica.
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Veja que no Aurélio a neurolinguística é dada como ciência verdadeira, o que
não pode ser, como veremos. Diz-se que é um ramo da lingüística. A chave está
em “neuro”: sistema nervoso.
O
SISTEMA NERVOSO
Sistema nervoso
Sistema
nervoso, conjunto dos elementos que, nos organismos animais,
estão envolvidos com a recepção dos estímulos, a transmissão dos impulsos
nervosos ou a ativação dos mecanismos dos músculos. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft
Corporation. Todos os direitos reservados.
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Sistema nervoso autônomo ou
Sistema nervoso vegetativo, uma das principais divisões do sistema nervoso. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002.
© 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.
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O sistema nervoso é o cérebro humano
mais recuado e, portanto, fora do acesso das palavras, pois se estivesse
acessível a tirania se estabeleceria fatalmente (como em Duna, de Frank Herbert), com a programação-hipnótica por estranhos:
com treinamento poderia se tornar instantânea.
O que existe, realmente, é a programação
lingüística, programação da língua e através do que ela promove, a
transformação interna do GAP (gerador-de-autoprogramas), a mente. Só dá acesso
àquilo que a mente acessa não-vegetativamente, conscientemente. Claramente o
que é interno na língua é só sua matriz, a Rede Cognata que vem da Grade
Signalítica.
Assim, o nervo não pode ser
programado e a PROGRAMAÇÃO neurolinguística não pode ser verdadeira; mas a
programação lingüística sim, pois é programação da língua ou através dela e
isso é efetivo. A escolha das palavras é que foi infeliz. Além disso, a
inteligência só pode ser prática, porque tudo é prateórico, prático-e-teórico
ao mesmo tempo.
Vitória, sábado, 04 de novembro de
2006.
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