terça-feira, 22 de maio de 2018


A Pseudociência da Programação Neurolinguística

 

As pessoas que conduzem a Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ/ES) não são muito espertas e embarcam em tudo que parece “avançadinho”. Em anexo você verá uma relação de cursos onde sugerem Programação Neurolinguística e Inteligência Prática, que vamos analisar nos termos.

ANDANDO PELA FAZENDA (dicionário Aurélio Século XXI)

Programação
[De programar + ção.] S. f. 1. Ato de programar, de estabelecer um programa. 2. O programa ou plano de trabalho de uma empresa, indústria, organização, etc., para ser cumprido ou executado em determinado período de tempo. 3. Cin. Teatr. Conjunto ou relação dos filmes, espetáculos ou outros eventos que serão apresentados durante determinado período em uma sala, circuito, espaço cultural, etc. 4. Inform.  Ciência ou técnica de elaboração de programas de computador. 5.            Rád.  Telev.  O conjunto dos programas [v. programa (7)]. Programação estruturada. 1. Inform.  Paradigma de programação que produz código-fonte de forma modular (q. v.) e hierárquica, visando maior clareza e independência entre as partes do programa, e propiciando a reutilização de código. Programação linear.  Mat. 1. Técnica matemática para solução de problemas que envolvem maximização ou minimização de uma função linear, sujeita a restrições. Ex.: minimização do custo de transporte, dados os limites de capacidade dos vários meios de transporte ou rotas disponíveis. Programação orientada a objetos. 1. Inform.  Paradigma de programação no qual conjuntos de dados e rotinas são tratados como unidades (ditas objetos) relativamente autônomas, que interagem por meio de mensagens. Programação visual. 1. Parte do desenho industrial (q. v.) que se ocupa da concepção, representação gráfica e organização de sistemas e mensagens veiculadas através de canal visual (sistemas de sinalização, identidade visual de empresas, planejamento gráfico-editorial, etc.); comunicação visual, design. 2. O produto desta atividade. 
Neuro
Neur (o)- [Do gr. neûron, ou.] El. comp. 1. = 'nervo', 'fibra', 'sistema nervoso': neuropata, neurose. [Equiv.: neuri-, -neur(o)-, -neuro, nevri-, nevr(o)-, -nevr(o)-: neurilema; trofoneurose; mononeuro; nevrilema; nevralgia, nevropata; trofonevrose. As formas em -v- (este proveniente da pronúncia bizantina do y [ipsilo] grego) e -u- alternam-se, às vezes, entre si.]
linguística
[Do fr. linguistique.] S. f. E. Ling. 1. A ciência da linguagem. O estudo da linguagem (8), da gramática das diferentes línguas, de sua história, bem como da aplicação dos resultados obtidos na solução de problemas práticos. Lingüística aplicada.  E. Ling. 1. Ramo da lingüística voltado para a solução de problemas, como, p. ex., aqueles que se apresentam no ensino de línguas. Lingüística descritiva.  E. Ling. 1. Ramo da lingüística que investiga os fatos de línguas particulares. Lingüística educacional.  E. Ling. 1. Lingüística aplicada ao ensino e à aprendizagem de línguas. Lingüística estrutural.  E. Ling. 1. Gramática estrutural. Lingüística geral.  E. Ling. 1. Ramo da lingüística que procura estabelecer os princípios gerais da linguagem humana e sua realização em línguas particulares. Lingüística histórica.  E. Ling. 1. O estudo da evolução das línguas; gramática histórica. Lingüística neurológica.  E. Ling. 1. V. neurolinguística. Lingüística quantitativa.  E. Ling. 1. Ramo da lingüística que, com o auxílio de técnicas estatísticas, estuda a freqüência e a distribuição de dados, ger. com base num extenso corpus.

NEUROLINGUÍSTICA (idem)

[Do fr. linguistique.] S. f. E. Ling. 1. A ciência da linguagem. O estudo da linguagem (8), da gramática das diferentes línguas, de sua história, bem como da aplicação dos resultados obtidos na solução de problemas práticos.  Lingüística aplicada.  E. Ling. 1.    Ramo da lingüística voltado para a solução de problemas, como, p. ex., aqueles que se apresentam no ensino de línguas. Lingüística descritiva.  E. Ling. 1. Ramo da lingüística que investiga os fatos de línguas particulares.  Lingüística educacional.  E. Ling. 1. Lingüística aplicada ao ensino e à aprendizagem de línguas. Lingüística estrutural.  E. Ling. 1. Gramática estrutural. Lingüística geral. E. Ling. 1. Ramo da lingüística que procura estabelecer os princípios gerais da linguagem humana e sua realização em línguas particulares. Lingüística histórica.  E. Ling. 1. O estudo da evolução das línguas; gramática histórica. Lingüística neurológica.  E. Ling. 1. V. neurolinguística. Lingüística quantitativa.  E. Ling. 1. Ramo da lingüística que, com o auxílio de técnicas estatísticas, estuda a freqüência e a distribuição de dados, ger. com base num extenso corpus.
[De neur (o)- + linguística.] S. f.  E. Ling. 1. Ramo da lingüística que estuda a estrutura do cérebro humano no que diz respeito à aquisição da linguagem, às desordens da fala e ao uso de uma língua (8); lingüística neurológica.

Veja que no Aurélio a neurolinguística é dada como ciência verdadeira, o que não pode ser, como veremos. Diz-se que é um ramo da lingüística. A chave está em “neuro”: sistema nervoso.

O SISTEMA NERVOSO

Sistema nervoso
Sistema nervoso, conjunto dos elementos que, nos organismos animais, estão envolvidos com a recepção dos estímulos, a transmissão dos impulsos nervosos ou a ativação dos mecanismos dos músculos. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.
Sistema nervoso autônomo ou Sistema nervoso vegetativo, uma das principais divisões do sistema nervoso. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.

O sistema nervoso é o cérebro humano mais recuado e, portanto, fora do acesso das palavras, pois se estivesse acessível a tirania se estabeleceria fatalmente (como em Duna, de Frank Herbert), com a programação-hipnótica por estranhos: com treinamento poderia se tornar instantânea.

O que existe, realmente, é a programação lingüística, programação da língua e através do que ela promove, a transformação interna do GAP (gerador-de-autoprogramas), a mente. Só dá acesso àquilo que a mente acessa não-vegetativamente, conscientemente. Claramente o que é interno na língua é só sua matriz, a Rede Cognata que vem da Grade Signalítica.

Assim, o nervo não pode ser programado e a PROGRAMAÇÃO neurolinguística não pode ser verdadeira; mas a programação lingüística sim, pois é programação da língua ou através dela e isso é efetivo. A escolha das palavras é que foi infeliz. Além disso, a inteligência só pode ser prática, porque tudo é prateórico, prático-e-teórico ao mesmo tempo.

Vitória, sábado, 04 de novembro de 2006.

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