domingo, 20 de maio de 2018


A Invenção do Gênio

 

MOTOR DE TRÊS TEMPOS E VÁRIOS CONFRONTOS

PASSADO
PRESENTE
FUTURO
Onde estão todos os não-gênios, que não querem mudar, que desejam conforto de permanecer igual ao que era antes.
Lugar do confronto entre os gênios e os não-gênios.
Aqui cada gênio (= CABEÇA = CRÂNIO = CRIAÇÃO = GOZAÇÃO na Rede Cognata) está sozinho, “contra o resto do mundo”

Como já vimos, todo mundo é gênio, porque cria de uma forma ou de outra, nem que sejam pequeníssimas as variações.

FALANDO DE GÊNIOS

1.        Gênios totais;

2.       Super-gênios;

3.      Gênios;                                                                                                               

4.      Médios;

5.      Pequenos gênios;

6.      Micro gênios;

7.       Supermicrogênios.

Quando dizemos “gênio” (no dicionário Aurélio Século XXI “indivíduo de extraordinária potência intelectual”) é dos três primeiros grupos que estamos falando. Como o significado da genialidade é o da criação do novo (não seria genial criar a roda agora), certamente esse novo se confronta com o passado; porisso, como vimos também, o gênio está sempre disputando com os conservadores. Então, o gênio é rejeitado e o gênio total é TOTALMENTE rejeitado; só é aceito depois, quando todos dizem terem-no aceito de primeira hora. O supergênio, a figura muito criativa, é muito rejeitada e porisso mesmo é esquivo à convivência social, pois como todos e cada um não gosta de ser ferido.

Ora, O GÊNIO É, ele é mesmo em-si; já o para-si do gênio vem depois, quando o gênio é “inventado” coletivamente, é admitido no convívio social. O proveito do gênio em-si é interno, é prazer solitário, não pode ser vivenciado coletivamente senão em poucos casos ainda em vida – é o PARA-SI do gênio que se estende em gozo ao futuro e é gozado pela mesma coletividade que o rejeitou, na medida em que o vai aceitando, quer dizer, compreendendo-o.

A SOCIEDADE TRIPUDIA (só depois passa a aceitar: a aceitação é a rendição coletiva)


No seu trabalho, pesadíssima solidão, na posteridade adoração indevida; quem deseja uma vida assim?

Vitória, sexta-feira, 20 de outubro de 2006.

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