quarta-feira, 22 de novembro de 2017


A Fábrica de Karel

 

Comprei e finalmente li o livro de Karel Tchápek (tcheco, 1890-1938, 48 anos entre datas, morreu jovem, mesmo para aquela época: escrito com essa grafia, de fato aparece mais como Karel Capec, aportuguesamento-abrasileiramento da forma original) criador da palavra robô (robot, no tcheco, escravo) em 1922. A palavra ficou para sempre, em todas as línguas, e Isaac Asimov propagou-a fartamente em seus livros.

AUTOR E LIVRO

Resultado de imagem
https://images.livrariasaraiva.com.br/imagemnet/imagem.aspx/?pro_id=3093968&qld=90&l=430&a=-1
São Paulo, Hedra, 2010.

Vira mito, ninguém sabe por que, alguém falou a favor, outros embarcaram, quem nunca leu acaba elogiando, mas continuaria uma porcaria na forma e no conteúdo, mesmo se o cinema atualizasse com os super-recursos computacionais atuais.

Escreveu sob a forma de peça com extremo pessimismo em relação à humanidade, proscrita e depois extinta, o mesmo acontecendo com a nova sociedade de robôs, tudo muito dramático, melodramático, meloso-dramático, exagerado. Alquist ao final torna-se Deus, inclusive com o sexto dia e restam um novo Adão e uma nova Eva, um recomeço sem os humanos (esquecendo-se que é tudo 50/50), com a frase indicadora de ódio avassalador: “As casas e as máquinas ficarão arruinadas, os sistemas serão desfeitos e os nomes de grandes indivíduos cairão como a folhagem (...)”, p. 145, esquecendo-se Capec que tudo isso foi trabalho, esforço e que os maus, afinal de contas, não precisam nem irão prevalecer.

Pobre, paupérrimo.

Decepcionante.

Vitória, quarta-feira, 22 de novembro de 2017.

GAVA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário