sexta-feira, 24 de novembro de 2017


A Voz Melíflua da Gorda Xexelenta

 

                            Eu não usaria um título assim agressivo sem dar explicação: vi e ouvi num ônibus uma moça mais pesada falando ao telefone, dizendo aquele “oooooi” muito comprido e me lembrei da evolução darwiniana. No dicionário Aurélio Século XXI temos:

                            MELÍFLUA

[Do lat. tard. mellifluu.] Adj. 1. Que flui como o mel, ou deita mel. [Cf. dulcífluo. ] 2. Fig.  Suave, doce; brando; harmonioso, melífico, mélico, méleo: "Decerto nunca os camponeses de Pinheiro Chagas pensaram em ser transformados no bardo casquilho, de voz melíflua, gesto enfeitiçado e olhos revirando de ternura que era o Quim Teobaldo."  (Afonso Arinos, Histórias e Paisagens, p. 25.) 3. De voz e/ou maneiras brandas ou doces. 4. Deprec.  V. melieiro (2).

                            XEXELENTA

[De xexé + -lento. ] Adj. Bras.  Gír.1. De má qualidade; inferior. 2. De mau aspecto; desagradável. 3. Implicante e/ou maçante.

                            GORDA

(Ô). [Do lat. gurdu, 'grosseiro', 'rude'; 'estúpido', 'tolo'.] Adj. 1. Que tem gordura; untuoso; gordurento, gorduroso, grassento, grasso, graxo: carne gorda. 2. Que tem excesso de tecido adiposo desenvolvido: criança gorda.  [Aum. Nesta acepç. v. gordalhão. ] 3. V. gordurento (2). 4. Semelhante à gordura. 5. Fig.  Alentado, volumoso: "tirou das algibeiras das calças dois gordos maços de notas” (Coelho Neto, Turbilhão, p. 200); "Uma mulher abriu a porta, o corpo bloqueando a entrada ...; para entrar eu teria que me esfregar nos seus peitos gordos."  (Rubem Fonseca, A Coleira do Cão, p. 169).
6.  Fig.  Avultado, considerável: uma gorda quantia.  7. Diz-se do terreno fértil: as terras gordas do Sul. 8. Bras. Diz-se das cartas pertencentes aos naipes de copas e espadas: carta gorda; dama gorda; ás gordo. [Tb. us. como s. f., mas só em relação à palavra carta: Bateu a parada com uma gorda] 9. Tip.  Preto (7).

Uma gorda feia com voz de mel, um veludo de voz.

Uma vez que os darwinianos ainda estão pregando a evolução biológica-p.2 e não a evolução psicológica-p.3 que está em curso, não repararam os psicólogos nos mecanismos PSICOLÓGICOS (de figuras ou psicanalíticos, de objetivos ou psico-sintéticos, de produção ou econômicos, de organização ou sociológicos, de espaçotempo ou geo-históricos) de defesa e ataque dos conjuntos de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) ou de AMBIENTES (de cidades-municípios, de estados, de nações e de mundos). Eles estão parados muito antes de Jericó há 11 mil anos e até mesmo para trás disso nas pré-cidades, nas pós-cavernas e nas cavernas, cada vez mais recuado, olhando apenas o indivíduo como ser pós-biológico, quando já estamos na fase de erigir um corpomente mundial através da globalização em curso. Mil artifícios psicológicos são usados em cada NÍVEL DE EVOLUÇÃO: cidades estão usando artifícios psicológicos na luta urbana por sobrevivência da cidade mais apta e eles ainda estão falando de sobrevivência biológica.
Vitória, agosto de 2005.

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