Reducionismo
Hitlerista
Meu filho Gabriel
perguntou como os alemães poderiam ter vencido a Segunda Guerra Mundial e eu
disse que se tivessem se disposto a resolver muitos problemas, todos os
problemas da Terra; mas, se tivessem feito isso teriam sido grandes discípulos
de Cristo, não teriam cometido os horrores que cometeram. A grande dificuldade
de Hitler foi o reducionismo, a superafirmação da redução, pois queria resolver
problemas para poucos, assim como Mussolini e os generais todos (Napoleão,
César, Gêngis Kuhn e outros). Resolver para poucos é fácil, resolver para
muitos ou para todos é que é difícil.
Como sabemos agora
do modelo a aptidão do mais forte vem dele ser forte na resolução de problemas:
quanto mais se candidata a resolvedor de problemas mais do futuro acessa por
mais tempo. Se Constantinopla persistiu por mil anos foi porque por mil anos
soube resolver problemas. Se a China persiste há 45 séculos é porque de um modo
ou de outro conseguiu acomodar cada vez mais gente. Se o Ocidente domina agora
foi porque abriu para abrigar cada vez maiores contingentes.
Hitler fechou e esse
foi o grande pecado dele e de todos como ele. Fechou para os judeus e para os
ciganos, fechou para os não-arianos e para os não-alemães, fechou para os que
não partilhavam suas crenças, fechou para as mulheres e os negros, fechou de
mil modos; seu mundo iria se tornando cada vez menor e “mais perfeito”,
perfeito em sua pequenez crescente. Não pense que o demônio não é brilhante,
ele é brilhante e perfeito; a questão toda é que deseja excluir os imperfeitos
e o número desses só faz aumentar, segundo sua concepção. Pois só Deus pode ver
a perfeição de todos e cada um, só Deus sabe valorizar a todos e cada um, até o
demônio, até Hitler em sua sordidez.
Em resumo, podemos
dizer que Hitler cresceu enquanto ampliou a solução de problemas e diminuiu
quando reduziu o número daqueles a atender.
Vitória, agosto de
2005.
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