As
Moléculas Fofinhas
Se tiver vagina (não
sendo pseudofêmea) terá um grupo de moléculas que acionará uma quantidade de
comportamentos. Isso foi criado em 3,8 bilhões de anos, não é de agora; vem
desde o início, desde quando começou a ser modelado o sexo.
SEXO (composição ideal; na realidade é muito complexo)
HOMULHER
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50 % é
homem
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50 % é
mulher
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Moléculas
que foram endurecidas
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Moléculas
foram tornadas fofinhas
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Os
programas foram orientados para contrapor a máquina-homem a uma Natureza rude
e cruel (os 10 a 20 % se tornaram uma ponta aguda e cortante de flecha)
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Neste caso
a Natureza precisava abrandar a mãe para cuidar do grupão de 80 a 90 % de
todos, em particular das crianças, especialmente dos queridinhos
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Programáquina
masculino numa vertente de enfrentamento e exclusão
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Programáquina
feminino da vertente de proteção e resguardo
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Obviamente moléculas não são
“fofinhas”, elas são; fofinho é adjetivo, portanto psicológico, depende de uma
imensa carga evolutiva psicológica. O que se deve pensar é que as linhas do
conjunto do programa psicológico das mulheres foram retemperadas visando o
abrandamento.
A CURVA DO SINO (ela varia
para os diferentes conjuntos na forma, mas mantém-se firme no conteúdo ou
conceito; está aqui para representar a variação feminina enquadrada na
regularidade)
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A
Natureza agiu assim desde o começo, mas com as fêmeas humanas tal comportamento
foi levado ao ponto de ruptura, porque como vimos no artigo As Mulheres que Trouxeram as Imperfeições
até Nós neste Livro 131 a Natureza incorporou no projeto PSICOLÓGICO de
vida-racional (não biológico, não-irracional) a absorção dos fracos e dos
oprimidos, o que levou à dilatação via compaixão e amor de todo o projeto
humano: esse abrandamento incorporou mais gente, aumentou hiperbolicamente a
carga de problemas, conduziu-nos ao domínio completo e inequívoco da Terra.
Esse amaciamento condenou-nos ao gigantismo.
Então,
para os bioquímicos fica a pergunta de como os genes trilharam esse caminho da
suavização, do abrandamento, da doçura psicológica que teve de enfrentar o
fosso de manutenção da dureza masculina. Como essas moléculas do gestual
feminino foram quimicamente moldadas? Porque, é claro, nada se faz sem uma
correspondente molécula moldada, sem um ESQUELETO DE POSSIBILIDADES, um molde
dos possíveis.
Que
moléculas foram diferenciadas nas mulheres para levá-las tanto à proteção dos
fracos e oprimidos quanto à defesa eficiente na relação íntima de contraposição
com os homens? Pois é certo que os homens d’antanho ficariam e ficaram irritados
com a proteção delas em relação aos que colocavam a tribo em perigo, sendo
certo terem as mães protegido os deficientes de todo tipo.
Foi
trabalho formidável, essa construção, tanto mais que inconsciente; levou muito
tempo, bilhões de anos, particularmente todos os milhões dos hominídeos, depois
as centenas de milhares dos neandertais, as dezenas de milhares dos cro-magnons
e finalmente a defesa nesses 10 mil anos de civilização e, veja, sem um
argumento racional manifesto como tal, apenas com a emoção.
Vitória,
sexta-feira, 05 de agosto de 2005.
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