domingo, 22 de outubro de 2017


As Moléculas Fofinhas


 

                            Se tiver vagina (não sendo pseudofêmea) terá um grupo de moléculas que acionará uma quantidade de comportamentos. Isso foi criado em 3,8 bilhões de anos, não é de agora; vem desde o início, desde quando começou a ser modelado o sexo.

                            SEXO (composição ideal; na realidade é muito complexo)

HOMULHER
50 % é homem
50 % é mulher
Moléculas que foram endurecidas
Moléculas foram tornadas fofinhas
Os programas foram orientados para contrapor a máquina-homem a uma Natureza rude e cruel (os 10 a 20 % se tornaram uma ponta aguda e cortante de flecha)
Neste caso a Natureza precisava abrandar a mãe para cuidar do grupão de 80 a 90 % de todos, em particular das crianças, especialmente dos queridinhos
Programáquina masculino numa vertente de enfrentamento e exclusão
Programáquina feminino da vertente de proteção e resguardo

Obviamente moléculas não são “fofinhas”, elas são; fofinho é adjetivo, portanto psicológico, depende de uma imensa carga evolutiva psicológica. O que se deve pensar é que as linhas do conjunto do programa psicológico das mulheres foram retemperadas visando o abrandamento.

A CURVA DO SINO (ela varia para os diferentes conjuntos na forma, mas mantém-se firme no conteúdo ou conceito; está aqui para representar a variação feminina enquadrada na regularidade)




                            A Natureza agiu assim desde o começo, mas com as fêmeas humanas tal comportamento foi levado ao ponto de ruptura, porque como vimos no artigo As Mulheres que Trouxeram as Imperfeições até Nós neste Livro 131 a Natureza incorporou no projeto PSICOLÓGICO de vida-racional (não biológico, não-irracional) a absorção dos fracos e dos oprimidos, o que levou à dilatação via compaixão e amor de todo o projeto humano: esse abrandamento incorporou mais gente, aumentou hiperbolicamente a carga de problemas, conduziu-nos ao domínio completo e inequívoco da Terra. Esse amaciamento condenou-nos ao gigantismo.

                            Então, para os bioquímicos fica a pergunta de como os genes trilharam esse caminho da suavização, do abrandamento, da doçura psicológica que teve de enfrentar o fosso de manutenção da dureza masculina. Como essas moléculas do gestual feminino foram quimicamente moldadas? Porque, é claro, nada se faz sem uma correspondente molécula moldada, sem um ESQUELETO DE POSSIBILIDADES, um molde dos possíveis.

                            Que moléculas foram diferenciadas nas mulheres para levá-las tanto à proteção dos fracos e oprimidos quanto à defesa eficiente na relação íntima de contraposição com os homens? Pois é certo que os homens d’antanho ficariam e ficaram irritados com a proteção delas em relação aos que colocavam a tribo em perigo, sendo certo terem as mães protegido os deficientes de todo tipo.

                            Foi trabalho formidável, essa construção, tanto mais que inconsciente; levou muito tempo, bilhões de anos, particularmente todos os milhões dos hominídeos, depois as centenas de milhares dos neandertais, as dezenas de milhares dos cro-magnons e finalmente a defesa nesses 10 mil anos de civilização e, veja, sem um argumento racional manifesto como tal, apenas com a emoção.

                            Vitória, sexta-feira, 05 de agosto de 2005.

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