segunda-feira, 23 de outubro de 2017


Alexandre Universal

 

                            Alexandre, naturalmente, era macedônio, não propriamente grego, sendo assim considerado. Fora os historiadores poucos fazem a distinção. Devemos agora pensar que ele foi além da Macedônia e da Grécia, atingiu grande parte do mundo antigo. No Oriente ele era chamado de Sikander e provavelmente na Índia deu origem à dinastia dos Xandra Gupta [na Rede Cognata (Ale) XANDRE AUGUSTO]

                            TODOS OS ALEXANDRES

·       O macedônio (logo de início o filho de Filipe e discípulo de Aristóteles que levou com ele toda a experiência do mestre, discípulo de Platão, discípulo de Sócrates);

·       O grego que uniu as cidades-estado em luta há muito tempo (e, portanto, pacificou-as);

·       O egípcio que construiu Alexandria (a biblioteca-museu, quer dizer, a universidade-laboratório que viveu por mais de 700 anos e foi modelo de todas as universidades de depois);

·       O persa que derrotou Dario e helenizou o Irã, até hoje dependente disso (não é à toa que os iranianos conseguem fazer usinas nucleares e bombas);

·       O afegão (idem tornou o Afeganistão helênico, até hoje resistente);

·       O hindu (casou-se lá, provavelmente, e fundou a dinastia citada, que é contemporânea dele; a Índia também foi helenizada).

                            Como sempre, cada pessoa tem muitas dimensões.

                            AS DIMENSÕES DE CADA UM

·       DIMENSÕES PESSOAIS:

1.       Destaque individual (os gostos dele, que Stone sobrelevou);

2.       Destaque familiar (a vida com as esposas, o desejo de filhos, admiração por crianças filhas dos amigos);

3.      Destaque grupal (ele junto de seu grupo de amigos);

4.      Destaque empresarial (os empreendimentos a que se dedicou; no caso de Alexandre, as guerras de conquista com espírito de união dos povos);

·       DIMENSÕES AMBIENTAIS:

1.       Representação municipal/urbana;

2.       Representação estadual;

3.      Representação nacional;

4.      Representação mundial.

Em resumo, nem Oliver Stone nem ninguém pode contemplar todas essas dimensões. Quando alguém como ele desloca numa direção e sentido com propósitos exclusivos, seus, isso é ruim, pois Alexandre é universal, é de todo o mundo, principalmente daqueles povos que tocou. O mais certo seria avaliar Alexandre em todos esses lugares, ouvindo o povo e as elites de cada país e nação, fazendo pesquisas, estudando os livros com um grupo-tarefa e só então, finalmente, depois de muitas décadas, fazendo filmes mais profundos.

Vitória, agosto de 2005.

 

                            O FILME DE OLIVER STONE              

Alexandre, o filme
Superprodução dirigida por Oliver Stone chega às telas brasileiras sob grande polêmica
Publicado em 13/01/2005 
Por Carlos Brazil
A superprodução Alexandre chega nesta sexta-feira, 14 de janeiro de 2005, aos cinemas brasileiros em meio a uma polêmica internacional. O filme está sendo alvo de duras críticas, principalmente em razão da personalista direção de Oliver Stone, que teria valorizado aspectos da vida do personagem Alexandre, O Grande, que, segundo os mais puristas, não são necessariamente os mais importantes de sua biografia.
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Exercício de megalomania
Hollywood não tem jeito. Toda vez que resolve fazer um filme épico sobre alguma lenda acaba destruindo os fatos históricos em benefício de uma visão autoral equivocada. Nos anos 50 as figuras históricas eram retratadas como homens perfeitos, sem deslizes.
OLIVER STONE
Alexandre, o Gay
O diretor explica por que mostra o herói como fanático por sexo e poder em Alexander, que estreará nos cinemas do Brasil em janeiro

                            ALEXANDRE O GRANDE (ninguém fala do Alexandre Pequeno)

ALEXANDRE, O GRANDE
Claude Mossé
Tradução de Anamaria Skinner
248 p. | 16 x 23 cm
ISBN: 85-7448-099-1
R$ 43,00
Poucos homens na história insuflaram tanto as imaginações quanto Alexandre, o Grande, o conquistador originário da relativamente pequena Macedônia que, em pouco mais de dez anos (de 334 a 323 a.C.), apoderou-se do imenso império persa de Dario e conduziu seu exército até as fronteiras desconhecidas da Ásia Central e da Índia. Imbuído de leituras de Homero, mas capaz também de atos insensatos como a destruição de Tebas e a queima e o saque de Persépolis, Alexandre inovou do ponto de vista administrativo e do tratamento dispensado aos vencidos, integrou os persas e outros povos conquistados numa política de domínio “branda” em busca de uma inusitada fusão étnica, inclusive por meio de uma determinação de casamentos mistos que seria aplicada por ele mesmo e vários de seus próximos em suas vidas pessoais.

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