Quem
Vê Normal Não Vê de Perto
A
FRASE ORIGINAL É DE CAETANO VELOSO
A contraparte é o título, quem vê como normal
não está olhando bem encostado, porque se o fizesse veria as anormalidades: quer
dizer, só o conviver permite distinguir os traços que saem da curva.
FERNANDO PESSOA
ANUNCIOU OUTRA REALIDADE (pensava que era “tudo é grande quando a
alma não é pequena”, engrandecimento, de que a contraparte seria “tudo é
pequeno quando a alma não é grande”, redução; não é dirigido ao objeto, fala de
ação ou serviço)
Este grande poeta.
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Ele quer dizer, em contraparte, que quando a
alma não é diminuta toda iniciativa tem significado, se for alta.
Voltando a Caetano, o que ele nos anuncia?
Que quando olhamos de perto ou de muito
perto, de pertíssimo, vemos que as coisas não são normais, não são comuns, não
são habituais, não são banais – são interessantes, são divertidas, são
incomuns, são até anormais no pior sentido, só não são normais – de perto,
familiarmente, por amizade, por sexo, por amor, por companhia, para conversação,
para empresariamento e em qualquer situação ou serviço ou ligação, nada é
normal.
Do lado inverso, se vemos tantas coisas como normais
isso significa que não estamos vendo de perto, das vizinhanças. Se alguém diz “na
Lua está tudo normal” é porque não está nem atenta nem próxima, está distante e
desatenta.
É um bom critério (que ele não explicitou).
Vitória, domingo, 24 de setembro de 2017.
GAVA.
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