sábado, 23 de setembro de 2017


O Caos do Começo e o Estreitamento do Mundo

 

                            DUAS IMAGENS

1.       O CAOS DAS ‘ENTRADAS’ (as pessoas entram no funil resistindo, quer dizer, como várias espirais; mas em geral as resistências são vencidas e na saída todos se parecem muito: todos de terno e cheios de desejos materiais)


2.       SELECIONANDO OS NÃO-REATIVOS (chamados “lerdos”; os gênios se revoltam e encontram fora dos funis seus próprios caminhos, que mais tarde vão ser usados pelos idiotas para aprisionar outros lerdos)


3.      O FUNIL ‘QUADRANTE’, QUE ENQUADRA (a pessoa sai do ensinaprendizado já “quadradinha”, completamente comportada)


Assim age a educação.

Na Rede Cognata educação = CAOS = COMEÇO = CORPO = GRAFO = CAMINHO = GÊNESIS e muitas outras traduções.

No começo é o caos mental com aprendizado aceleradíssimo, ao passo que mais adiante temos pessoas comportadas e até comportadíssimas, mais do que os chefes pedem, pessoas que se policiam e se podam, se diminuem e se retratam. Aquela potência extraordinária de aprendizado das crianças de repente já não existe mais e de célula-raiz e de célula-tronco as pessoas vão se especializando, tornando-se galhos, ramos e folhas, com ou sem frutos. Claro, a existência coletiva pede isso, mas por vezes o PROCESSO DE RETRATAÇÃO, de QUADRAÇÃO (tal nome não existe, mas é cognato na Rede Cognata, isto é, retratação = QUADRAÇÃO), de transformar-se em quadrado é feito em tempo mínimo e com verdadeira ferocidade em sociedades de terceiro, quarto e quinto mundos, mas também de segunda e primeira.

QUADRADO (não admite ligação com o mundo, está delimitado): muito bonito, mas o mundo não é só isso. Ambiente e pessoa.


Assim, o que no começo era muito rápido é, devido à necessidade de superaproveitamento capitalista do curto tempo de vida, logo estreitado. O mundo poderia ser tão largo quando é nos gênios, se não fosse assim compactado – o que é definitivamente uma pena, nos dois sentidos.
Vitória, sábado, 07 de maio de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário