sexta-feira, 22 de setembro de 2017


Instrumentando a Emissão de π

 

                            Seguindo de A Emissão de π e de A Revoada das Naves com Pi Emitido, neste Livro 118, podemos ver que a emissão de 3,141592... em sua forma de fita-binária 1,101100... deveria ser recebida pelos potenciais aliens racionais. Em tese não precisamos de nenhuma máquina complicada, tipo computador, nem muito menos um supercomputador; bastaria uma lanterna emitindo os pulsos nalgum lugar escuro. Contudo, como distinguir aceso de apagado? Seis intervalos longos significarão seis zeros ou apenas que o operador esqueceu de acender?

                            Não é como num circuito de computador em que ele está previamente desenhado e passar corrente na porta aberta significa “sim” e não passar “não” ou como em estacionamento em que um carro significaria ocupação e abertura desocupação. Seria preciso usar TRÊS PULSOS, dois curtos significando UM e um curto significando ZERO. No caso da fita-binária teríamos: dois longos, vírgula, dois longos, um curto, dois longos, dois longos, um curto, um curto...

                            Entrementes, é esperar demais dos racionais d’além que eles estivessem bem em cima dos pulsos da lanterna no escuro, isto é, que contassem receber em tal e qual época, sendo tudo tão improvável; como naquele caso em que queriam acender na Sibéria uma fogueira imensa representando o teorema de Pitágoras (a2 = b2 + c2) com catetos e hipotenusa de várias centenas de quilômetros, numa operação logística impossível que apenas indicaria que estávamos além da idade da pedra. Do outro lado também há lógica. A luz diminui sua eficácia com o quadrado da distância.

                            Eles esperariam pulsos de rádio, porque (embora tão fácil a solução, agora que a encontramos) certas complicações internas notáveis lhes diriam que a civilização teria pelo menos de ter atingido o nível de emissora de ondas de rádio (e eles já sabem que temos rádio há mais de 100 anos). Ondas curtas, AM, porque a FM só vai 50 km de distância antes de se perder, enquanto a AM circula o planeta inteiro: onde quer que tenham colocado uma escuta ela seria acionada, reemitindo o sinal para onde fosse, para a, digamos assim, “nave mãe” ou como se chamasse.

                            Enfim, é preciso ter um rádio-emissor. Qualquer um, de qualquer potência. O controle pode ser feito à mão, operando os pulsos seqüencialmente, mas seria melhor se houvesse um computador, de preferência com uma fita-binária grande, de centenas ou milhares de números.

                            Vitória, domingo, 08 de maio de 2005.

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