Fugindo das Bordas na
Subida
Durante a subida -
de 160 metros de altura - das águas durante mil anos no final da Glaciação de
Wisconsin há 11 mil anos, elas se elevavam rapidamente e as pessoas que viviam
então nas bordas devem ter ficado muito assustadas, como ficaríamos se em 30
anos o nível do oceano de agora se elevasse cinco metros.
Não é apenas a
subida, são principalmente as tempestades, as convulsões do mar-oceano geral.
Pois passou a chover
muito mais que antes, as monções deviam ser terríveis, ocorrendo no mundo
inteiro, com maior violência onde já acontecem hoje nas regiões tropicais; todo
aquele pavor, durando 30 gerações, deve ter ficado nas lendas e nos pesadelos
dos seres humanos. As bordas continentais tornaram-se em toda parte proibidas e
as pessoas interiorizaram geral mesmo, nos lugares todos. Viver à margem dos
continentes deve ter virado tabu.
Devem existir
estratos relativos a mil anos com ausência dos seres humanos e seus artefatos
numa faixa 300 metros além das praias de agora e até mais. Por outro lado,
enquanto não se afastaram toda a páleo-costa deve ter ficado repleta de
esqueletos humanos e de seus animais então domesticados. É uma grande área para
investigação pelos arqueólogos em busca das cavernas (agora debaixo do nível do
mar), pós-cavernas e pré-cidades em toda a África e mesmo em outros lugares.
Inumeráveis locais de habitação devem ter sido arrasados ou afundados pela
reconformação do solo no avanço das águas, devido ao seu peso (mil quilogramas
por metro cúbico; uma coluna de um metro quadrado x 160 metros de altura, daria
160 toneladas de peso).
Enfim, tudo isso deve estar lá à
espera dos arqueólogos.
Vitória,
segunda-feira, 09 de maio de 2005.
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