sexta-feira, 22 de setembro de 2017


Diferenças nas Quedas de Meteoritos e Cometas

 

Chamei de flechas (meteoritos e cometas, porque fixa o vetor em seu espalhamento de efeitos).

As duas quedas são distintíssimas:

1.       Os meteoritos têm superfície visível, compostos principalmente de ferro e níquel, são rochas duras que entram na alta atmosfera e começam a queimar cada vez mais, esquentando muito, como um ônibus espacial, chegando ao rubro e derretendo parte do material, finalmente chocando-se com o solo ou a água, depois de passar por 120 km de ar – pouco do seu exterior funde;

2.       O cometa é definitivamente diferente, pois é coberto de gelo: ao adentrar a atmosfera, o gelo liquefaz e vaporiza. De fato, deve-se calcular, creio que sublima direto, indo do estado sólido ao gasoso. Conforme se aprofunde nos 120 km de ar, ao esquentar o gelo se desprende nas camadas superiores e é entregue quente ao ar da Terra, revolucionando-o violentamente, e cada vez mais quanto mais desce. É preciso fazer os cálculos desse belo mecanismo, mas com toda certeza pouco gelo chega como tal ao solo ou à água, a menos que as camadas dele tenham quilômetros e quilômetros e o tempo de passagem seja mínimo. Além dos efeitos próprios já pensados, esse em particular é notável, já que o gelo cometário vaporizado é empurrado pelos ventos em enormes tempestades (que circularão todo o planeta), expulso pelo calor crescente, mas também pela rotação da Terra – as imagens geradas pelos supercomputadores serão espantosas, muito belas, enquanto figuras.

Em resumo, são dois tratamentos separados.

O dos meteoritos, mais fácil, não será tão espetacular. O dos cometas, sim, espetáculo mesmo, de reunir plateia.

Seria bom poder ver.

Vitória, sexta-feira, 22 de setembro de 2017.

GAVA.

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