Diferenças
nas Quedas de Meteoritos e Cometas
Chamei de flechas (meteoritos e cometas,
porque fixa o vetor em seu espalhamento de efeitos).
As duas quedas são distintíssimas:
1. Os meteoritos têm
superfície visível, compostos principalmente de ferro e níquel, são rochas
duras que entram na alta atmosfera e começam a queimar cada vez mais, esquentando
muito, como um ônibus espacial, chegando ao rubro e derretendo parte do
material, finalmente chocando-se com o solo ou a água, depois de passar por 120
km de ar – pouco do seu exterior funde;
2. O cometa é
definitivamente diferente, pois é coberto de gelo: ao adentrar a atmosfera, o
gelo liquefaz e vaporiza. De fato, deve-se calcular, creio que sublima direto,
indo do estado sólido ao gasoso. Conforme se aprofunde nos 120 km de ar, ao
esquentar o gelo se desprende nas camadas superiores e é entregue quente ao ar
da Terra, revolucionando-o violentamente, e cada vez mais quanto mais desce. É
preciso fazer os cálculos desse belo mecanismo, mas com toda certeza pouco gelo
chega como tal ao solo ou à água, a menos que as camadas dele tenham
quilômetros e quilômetros e o tempo de passagem seja mínimo. Além dos efeitos
próprios já pensados, esse em particular é notável, já que o gelo cometário vaporizado
é empurrado pelos ventos em enormes tempestades (que circularão todo o planeta),
expulso pelo calor crescente, mas também pela rotação da Terra – as imagens
geradas pelos supercomputadores serão espantosas, muito belas, enquanto
figuras.
Em resumo, são dois tratamentos separados.
O dos meteoritos, mais fácil, não será tão
espetacular. O dos cometas, sim, espetáculo mesmo, de reunir plateia.
Seria bom poder ver.
Vitória, sexta-feira, 22 de setembro de 2017.
GAVA.
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