domingo, 24 de setembro de 2017


A Autoridade do Princípio e o Princípio da Autoridade

 

                            Há abaixo uma definição na Encarta, um artigo tirado da Internet em português de Portugal e um artigo de Nietzsche em que ele apóia a autoridade.

                            Ora, faz tempo venho falando do AGENTE DA AUTORIDADE DA LEI. Compreendemos que somente o Um, Pai, aquele que deu o salto para além do finito, pode compreender totalmente o universo (e modelá-lo), tudo que é racional sendo apenas fração falível. Já discutimos isso. Só o Um pode ter plena-certeza, quer dizer, conhecer a Verdade (verdade-total, soma de todas as verdades parciais). Nele e somente nele repousa a Autoridade, que estava no princípio, está durante o trânsito (que chamam de ”meio” e estará no fim; não está no meio porque ele é um ponto, parecendo haver como que um salto entre começo e meio, e entre meio e fim – isso não há); se só há uma Lei, então quem dita a Lei é o Chefe Supremo (chefe = HOMEM = SUPREMO = SUSERANO = SÓ = UM = PAI na Rede Cognata) que Hitler ingenuamente achou poder ser. Não podia, nenhum ser racional pode nem remotamente.

                            Então, a autoridade que estava no princípio é a única Autoridade, a autoridade-total, a Lei; tudo mais é sucedâneo impróprio, quer dizer, gente iludida; tudo mais apela ao “princípio da autoridade”, ou seja, ao domínio, que é sempre indevido e espúrio (eis aí porque se podem combater as ditaduras, tiranias coletivas, e as tiranias, ditaduras pessoais).

                            Se abaixo colocada cartilha portuguesa (de que li pequenas partes saltadas) sobre o chefe pudesse ser aplicada ao gênero humano seria lindo, mas não pode; somente o Um pode ser assim, tirando-se as partes desagradáveis. Entregue aos seres humanos haverá fatalmente desvirtuamento; porisso não podemos atribuir real capacidade de chefia, devendo desconfiar sempre dela e por fim aboli-la.

                            Vitória, domingo, 15 de maio de 2005.

                           

A CARTILHA PORTUGUESA FATALMENTE DEGENERARIA NAS LEIS DO CHEFE

Leis do Chefe

1. O chefe tem razão.
2. O chefe tem sempre razão.
3. O chefe não erra, apenas se engana.
4. Ante a improvável hipótese de que o empregado tivesse razão, entrariam imediatamente em vigência os artigos 1 e 2.
5. O chefe não dorme, repousa.
6. O chefe não come, se nutre.
7 O chefe não bebe, degusta.
8 . O chefe nunca chega tarde, algo o atrasou.
9. O chefe nunca abandona o trabalho, é requerida sua presença em outro lugar.
10. O chefe nunca lê jornal no escritório, ele se informa.
11. O chefe não se familiariza com a secretária ... apenas a educa.
12. Quem entrar no escritório do chefe com idéias próprias, deve ajustá-las à do chefe.
13. O chefe pensa por todos.
14. Quanto mais se pensa como chefe, mais se sobe na vida.
15. Qualquer dúvida, consulte o artigo 2.

AUTORIDADE NA ENCARTA

Autoridade, faculdade de impor obediência. Existem variações legais, militares, familiares e de organização de regras, sanções e símbolos de autoridade. Max Weber distinguia três tipos fundamentais de autoridade: tradicional, racional-legal e carismática. A autoridade tradicional está baseada no princípio do costume e é refletida, nas instituições políticas, com cargos hereditários. A autoridade racional-legal é característica do Direito civil e administrativo, e baseia-se no princípio de legalidade. A autoridade carismática é a que se caracteriza como guia ou representante de revelação divina.

                            O CHEFE DA ALDEIA

1.     O chefe
3.    Missão: servir
6.   Autoridade
8.   Disciplina
20.              Exemplo
23.              Organizar
24.              Dirigir
25.              "Controlar"
26.              Repreender
27.              Punir
28.              Neutralizar resistências
29.              Animar e recompensar
30.              Fazer-se ajudar
32.              O segredo do chefe
2. Necessidade de chefes:
Uma assembleia é incapaz de comandar. Grupo sem chefe é corpo sem cabeça. Grupo sem chefe é rebanho, rebanho que anda à deriva e à mercê do primeiro pânico.

NIETZSCHE FOI CONTRA O FIM DA AUTORIDADE

Sobre a Autoridade
Friedrich Engels - 1873
Escrito: Outubro de 1872 - Março de 1873
Primeira Edição:  Dezembro de 1873 na colectánea "Almanacco Republicano per l'anno de 1874".

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