Um Deserto Anunciado
COPIADO
DE ‘A DESCOBERTA DE MILHARES DE
ESQUELETOS’ (Livro 104): A SEQUÊNCIA DO LAGOÃO
1. Mar (durante toda a Glaciação de
Wisconsin, quando o nível do mar baixou 160 metros);
2. Lagoa (quando a linha atual de costa
foi criada há 10 mil anos atrás);
3. Pântano (não sei por quanto tempo) com
muitas lagoas pequenas. A Suruaca era o pantanal residual de nossos tempos;
4. Floresta luxuriante (quando chegamos a
Linhares em 1963 ainda era, a floresta amazônica do Sudeste);
5. Atual planície gramada; PASSADO
6. Área desertificada em algumas décadas;
FUTURO
7. Futuro deserto.
Não é porque Rogério Medeiros quer,
para exibir em sua causa pretensamente ecológica, é porque está em CURSO
NATURAL, não tendo quase nada a ver com a humanidade, que não pode atingir por
enquanto essas alturas energéticas. Não vem dos plantios da Aracruz Celulose,
como Ruschi colocou. Vem de milhares, de dezenas de milhares, de milhões de
anos, na sequência dos esquentamentos (bolas de fogo) e dos esfriamentos (bolas
de gelo). A presença da humanidade não afeta quase em nada: notaram o
esquentamento e atribuíram orgulhosamente aos nossos movimentos ínfimos (em
termos da termomecânica planetária).
A
CAMINHO DO QUE ESTAMOS (bem adiantado)
6. área desertificada em algumas
décadas;
7. futuro deserto.
“Algumas décadas” é muito para quem
vive pouco, o ser humano, que vive seis décadas ou pouco mais ou pouco menos;
mas o segundo geológico talvez seja (dependerá do cálculo dos geólogos; forneci
um valor, mas não quero impô-lo) de mil anos. Então, “logo mais” já será
deserto – nós apenas antecipamos a realização que já vinha andando lá de trás.
Demos um “empurrãozinho”; não que não devamos controlar isso e impedir o
desmatamento, pelo contrário – é exatamente porque a Terra não se incomoda
conosco que devemos nos cuidar.
Quanto do antigo lagoão se tornará
desértico? Penso que a tendência é TODO, mas naturalmente não estaremos aqui
para ver, talvez aconteça nos próximos milhares de anos, no ritmo próprio do
planeta. Depois voltará a ser lagoão, depois novamente pântano e floresta
luxuriante, como deve ter acontecido dezenas de vezes em cada glaciação: a
mesma região, um pouco maior ou um pouco menor, seguiu a mesma sequência geral,
embora com ligeiras variações, um pouco mais ou um pouco menos, mais rápido ou
mais devagar, conforme se estava nesta ou naquela condição, como estudaremos
depois.
Não seria interessante ver a seqüência
em computação gráfica ou modelação computacional nos canais pagos Discovery ou
no National Geographic, ou até na Globo?
Seria lindo, né? Em tela grande ou no
cinema, mais ainda.
Vitória, quarta-feira, 22 de dezembro
de 2004.
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