terça-feira, 22 de agosto de 2017


Os Livros-Texto e os Problemas Nacionais

 

                            Quando olhamos os livros-texto estrangeiro-traduzidos constatamos que lá estão espelhados problemas gerais, com a cultura nacional deles sobreposta; por exemplo, se são livros americanos de física os problemas vêm postos em unidades do sistema inglês, só usado lá (porque a própria Inglaterra o abandonou faz, sei lá, duas décadas). Antes se davam ao trabalho de adequar ao nosso sistema, agora nem isso. E falam de beisebol, de que nem entendemos as regras. Ou assumem outras posturas nacionais ou de cultura ou de povelite de lá.

                            Não se trata de bairrismo nem de xenofobia adotar as unidades do SI, Sistema Internacional de unidades que é usado no Brasil e no resto do mundo, nem as coisas locais - falar da Amazônia e dos problemas de ecologia e coleta de lixo daqui -, e reelaborar os problemas para neles caberem nossas preocupações. Falar dos problemas da terra associados à matemática, dizer da fome numa questão de geografia, mencionar as estradas deficientes do Acre num de história e assim por diante (o que já é feito pelos autores nacionais em certa medida). E assim em todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática).

                            DESVENTRAR O PAÍS, eis a questão.

                            Expor esmagadoramente NOSSOS PROBLEMAS e não os dos outros. Investigar mesmo a fundo: os problemas de exportação/importação, de falhas na produção, de ligação com outras nações, Pois o povo e as elites necessitam conhecer nossos problemas, principalmente estas, pois é PRECISO ENFRENTAR NOSSOS PROBLEMAS e não os dos outros. Não adianta mesmo nada ficar resolvendo problemas de andar na neve, já que não temos neve, temos é umas precipitações geladas em alguns estados do sul. Quando estivermos enfrentando nossos problemas obteremos nossas soluções e não as dos outros à custa de nossos parcos, minguados recursos de terceiro-mundo.

                            Porisso os governempresas deveriam mesmo observar TODOS os livros-texto usados no Brasil, realizando de fato uma patrulha verde-amarela (não que se vá evitar os dos outros, só que eles não são prioritários para nós). E a partir daí RE-COMPOR o quadro dos problemas apresentados.
                            Vitória, terça-feira, 28 de dezembro de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário