Os Livros-Texto e os
Problemas Nacionais
Quando olhamos os
livros-texto estrangeiro-traduzidos constatamos que lá estão espelhados
problemas gerais, com a cultura nacional deles sobreposta; por exemplo, se são
livros americanos de física os problemas vêm postos em unidades do sistema
inglês, só usado lá (porque a própria Inglaterra o abandonou faz, sei lá, duas
décadas). Antes se davam ao trabalho de adequar ao nosso sistema, agora nem
isso. E falam de beisebol, de que nem entendemos as regras. Ou assumem outras
posturas nacionais ou de cultura ou de povelite de lá.
Não se trata de
bairrismo nem de xenofobia adotar as unidades do SI, Sistema Internacional de
unidades que é usado no Brasil e no resto do mundo, nem as coisas locais -
falar da Amazônia e dos problemas de ecologia e coleta de lixo daqui -, e
reelaborar os problemas para neles caberem nossas preocupações. Falar dos
problemas da terra associados à matemática, dizer da fome numa questão de
geografia, mencionar as estradas deficientes do Acre num de história e assim
por diante (o que já é feito pelos autores nacionais em certa medida). E assim
em todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática).
DESVENTRAR O PAÍS,
eis a questão.
Expor esmagadoramente
NOSSOS PROBLEMAS e não os dos outros. Investigar mesmo a fundo: os problemas de
exportação/importação, de falhas na produção, de ligação com outras nações,
Pois o povo e as elites necessitam conhecer nossos problemas, principalmente
estas, pois é PRECISO ENFRENTAR NOSSOS PROBLEMAS e não os dos outros. Não
adianta mesmo nada ficar resolvendo problemas de andar na neve, já que não
temos neve, temos é umas precipitações geladas em alguns estados do sul. Quando
estivermos enfrentando nossos problemas obteremos nossas soluções e não as dos
outros à custa de nossos parcos, minguados recursos de terceiro-mundo.
Porisso os
governempresas deveriam mesmo observar TODOS os livros-texto usados no Brasil,
realizando de fato uma patrulha verde-amarela (não que se vá evitar os dos
outros, só que eles não são prioritários para nós). E a partir daí RE-COMPOR o
quadro dos problemas apresentados.
Vitória,
terça-feira, 28 de dezembro de 2004.
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