Os Limites do Rio e o
que ele nos Contou
Lendo o texto O Rio e o Modelo do Fio Serpenteante deste
Livro 106, que nos proporcionará a visão mais ampla, tratemos agora de uma
imagem menor. Amarradas a foz e as nascentes deixe serpentear apenas o miolo, o
centro entre os extremos.
O CENTRO SERPENTEANTE
·
Na
vertical, subindo e descendo, tanto escavando na terra e nas rochas quanto
subindo e descendo com os movimentos - orogênico e dos terremotos e
assentamentos - para cima e para baixo relativos a todas as criações e
destruições dos solos;
·
Na
horizontal, criando e fechando meandros ou voltas do curso ou linha-do-rio.
Na verdade, só vemos o rio tal como é
porque somos de curta existência e fotografamos apenas uma fraçãozinha de toda
a história do rio. Por exemplo, o Rio Doce existe desde pelo menos 65 milhões
de anos ou desde 273 milhões de anos, quando caíram os meteoritos e começaram a
separação da África. Desde então ele mudou na vertical e na horizontal, avançou
e recuou na foz com as glaciações e no geral mudou demais sua conformação,
criando variadíssimas páleo-linhas ou páleo-cursos que estão por aí, devendo
ser definidos. O Rio Doce de agora é na realidade um de uma INFINIDADE DE
CURSOS, não sendo no geral só aquilo que vemos, pois tem um não-numerável conjunto
de linhas.
O
RIO SÃO FRANCISCO ENTRE AS MONTANHAS (ele chuta as cidades e tudo mais para os lados
constantemente)
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Então, deixe sua mente vagar,
imaginando várias alternativas. Onde os rios não são comprimidos por duas
paredes de montanhas nas margens esquerda e direita eles se espalham, se
espraiam, mudam e se contorcem, estão sempre alterando a disposição e a forma.
De modo nenhum são estáticos, são extremamente dinâmicos.
Agora, como para os lagos, a Vida vive
dentro e nas margens deles, de modo que achando os páleo-cursos, podemos
efetivamente obter um retrato da Terra de quando os rios estiveram nas várias
fases do passando e de suas CONDIÇÕES DE BANDEIRA (ar, água, terra/solo,
fogo/energia, no centro Vida, no centro do centro Vida-racional).
O
RIO SÃO FRANCISCO NÃO É SÓ ISSO QUE VEMOS (onde não foi imprensado pelas montanhas, onde não
existem gargalos, ele muda o curso)
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Olhando todos os páleo-cursos do Rio
São Francisco, podemos ver a Terra do passado. Então, faz o maior sentido olhar
os páleo-cursos detidamente, porque olhando os de todos os rios da Terra
podemos obter os páleo-globos ou páleo-Atlas do planeta.
Vitória, domingo, 23
de janeiro de 2005.
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