quinta-feira, 24 de agosto de 2017


Os Limites do Rio e o que ele nos Contou

 

                            Lendo o texto O Rio e o Modelo do Fio Serpenteante deste Livro 106, que nos proporcionará a visão mais ampla, tratemos agora de uma imagem menor. Amarradas a foz e as nascentes deixe serpentear apenas o miolo, o centro entre os extremos.

                            O CENTRO SERPENTEANTE

·       Na vertical, subindo e descendo, tanto escavando na terra e nas rochas quanto subindo e descendo com os movimentos - orogênico e dos terremotos e assentamentos - para cima e para baixo relativos a todas as criações e destruições dos solos;

·       Na horizontal, criando e fechando meandros ou voltas do curso ou linha-do-rio.

Na verdade, só vemos o rio tal como é porque somos de curta existência e fotografamos apenas uma fraçãozinha de toda a história do rio. Por exemplo, o Rio Doce existe desde pelo menos 65 milhões de anos ou desde 273 milhões de anos, quando caíram os meteoritos e começaram a separação da África. Desde então ele mudou na vertical e na horizontal, avançou e recuou na foz com as glaciações e no geral mudou demais sua conformação, criando variadíssimas páleo-linhas ou páleo-cursos que estão por aí, devendo ser definidos. O Rio Doce de agora é na realidade um de uma INFINIDADE DE CURSOS, não sendo no geral só aquilo que vemos, pois tem um não-numerável conjunto de linhas.

O RIO SÃO FRANCISCO ENTRE AS MONTANHAS (ele chuta as cidades e tudo mais para os lados constantemente)


Então, deixe sua mente vagar, imaginando várias alternativas. Onde os rios não são comprimidos por duas paredes de montanhas nas margens esquerda e direita eles se espalham, se espraiam, mudam e se contorcem, estão sempre alterando a disposição e a forma. De modo nenhum são estáticos, são extremamente dinâmicos.

Agora, como para os lagos, a Vida vive dentro e nas margens deles, de modo que achando os páleo-cursos, podemos efetivamente obter um retrato da Terra de quando os rios estiveram nas várias fases do passando e de suas CONDIÇÕES DE BANDEIRA (ar, água, terra/solo, fogo/energia, no centro Vida, no centro do centro Vida-racional).

O RIO SÃO FRANCISCO NÃO É SÓ ISSO QUE VEMOS (onde não foi imprensado pelas montanhas, onde não existem gargalos, ele muda o curso)


Olhando todos os páleo-cursos do Rio São Francisco, podemos ver a Terra do passado. Então, faz o maior sentido olhar os páleo-cursos detidamente, porque olhando os de todos os rios da Terra podemos obter os páleo-globos ou páleo-Atlas do planeta.
Vitória, domingo, 23 de janeiro de 2005.

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