segunda-feira, 24 de julho de 2017


Nomenclatura Cartesiana

 

                            Porque os matemáticos estão cuidando de suas altas tarefas pouco têm cultivado a interface, no sentido de torná-la “amigável”, co-operante com o usuário, o pobre estudante que deve aprender várias coisas: a) a lógica, que é o mais importante, uso e apuro da inteligência; 2) as regrinhas, apenas memória; 3) a nomenclatura, também memória, mas atrapalhada; 4) as regras de convivência com os professores e as sumidades; e) outras.

O EIXO XY (tal como vem sendo anotado há séculos, desde Descartes) – deveria ser chamado XoY; como lemos de cima para baixo, da esquerda para a direita, YoX

                              

   Y (ordenadas)

                            X (abscissas)

                            Um tempo grande passam ensinando a geometria plana ligada à álgebra, geometria analítica, com esse plano-de-referência. Então, subitamente, mudam na geometria espacial para um espaço-de-referência que altera os eixos.

                            MUITO ESPAÇOSO

                                          Z           

             

                                                                                                                                                                                                                                                   Y (ordenadas)


 

 

 

 

 


             

X (abscissas) 

                            X, de horizontal, passou a ângulo de 120º com os outros; Y, de vertical passou a horizontal. Isso mexe com a cabeça das pessoas, que devem ter DOIS SISTEMAS (um plano e outro espacial) dentro da mente, com duas orientações distintas, não existindo co-ordenação. Deveríamos manter YoX fixo e acrescentar Z, neste caso colocando-o, de preferência, debaixo de “o”. Se fosse acrescentado o tempo, colocaríamos um T acima do “o”, ficando:                            

T      YoX
Z

Que é espacial. Poderíamos, então, para colocar em linha, escrever TYoXZ (tempo, que é zero dos outros, depois YoX primitivo e o Z acrescentado).

                            Penso que toda a Matemática deve passar por uma co-ordenação interna, por parte de matemáticos que conheçam quase tudo, harmonizando as nomenclaturas segundo uma lógica de fundo. Uma espécie de “administração da Matemática”, um Bourbaki dos símbolos; tarefa que não precisa ser, de modo nenhum, entregue aos matemáticos maiores (mas eles, é claro, devem ser consultados, tanto os vivos quanto os mortos, estes através de suas obras).

                            Vitória, sábado, 18 de setembro de 2004.

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