Nomenclatura
Cartesiana
Porque os
matemáticos estão cuidando de suas altas tarefas pouco têm cultivado a
interface, no sentido de torná-la “amigável”, co-operante com o usuário, o
pobre estudante que deve aprender várias coisas: a) a lógica, que é o mais
importante, uso e apuro da inteligência; 2) as regrinhas, apenas memória; 3) a
nomenclatura, também memória, mas atrapalhada; 4) as regras de convivência com
os professores e as sumidades; e) outras.
O
EIXO XY (tal como
vem sendo anotado há séculos, desde Descartes) – deveria ser chamado XoY; como
lemos de cima para baixo, da esquerda para a direita, YoX
Y (ordenadas)

Um tempo grande
passam ensinando a geometria plana ligada à álgebra, geometria analítica, com
esse plano-de-referência. Então, subitamente, mudam na geometria espacial para
um espaço-de-referência que altera os eixos.
MUITO ESPAÇOSO



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X
(abscissas)
X, de horizontal,
passou a ângulo de 120º com os outros; Y, de vertical passou a horizontal. Isso
mexe com a cabeça das pessoas, que devem ter DOIS SISTEMAS (um plano e outro
espacial) dentro da mente, com duas orientações distintas, não existindo
co-ordenação. Deveríamos manter YoX fixo e acrescentar Z, neste caso
colocando-o, de preferência, debaixo de “o”. Se fosse acrescentado o tempo,
colocaríamos um T acima do “o”, ficando:
T YoX
Z
|
Que
é espacial. Poderíamos, então, para colocar em linha, escrever TYoXZ (tempo,
que é zero dos outros, depois YoX primitivo e o Z acrescentado).
Penso que toda a
Matemática deve passar por uma co-ordenação interna, por parte de matemáticos
que conheçam quase tudo, harmonizando as nomenclaturas segundo uma lógica de
fundo. Uma espécie de “administração da Matemática”, um Bourbaki dos símbolos;
tarefa que não precisa ser, de modo nenhum, entregue aos matemáticos maiores
(mas eles, é claro, devem ser consultados, tanto os vivos quanto os mortos,
estes através de suas obras).
Vitória, sábado, 18
de setembro de 2004.
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