quarta-feira, 26 de julho de 2017


Incidência de Flechas, a Fábrica da Geologia

 

 

                            Só depois de raciocinar sobre os componentes verticais (que balança o mundo, fazendo-o vibrar intensamente e acrescentando energia ao sistema termomecânico do manto, rebentando a crosta nos pedaços que são as placas tectônicas) e horizontal (que empurra as placas criadas para todo lado) é que pude ver que na realidade a componente vertical pouco nos interessa. Ela apenas balança o objeto celeste. Claro que é importante, mas não é fundamental. Ela mexe com o interior da Terra, mas não com sua imagem ou superfície; não nos afeta enquanto Vida geral.

                            É a componente horizontal que é fundamental.

                            Ela movimenta as placas para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo, fazendo-as inclusive girar; cria as cadeias ou os arcos de montanhas, levanta os Lobatos, planeja os continentes, institui todo ritmo de quem está em cima. A componente horizontal é a fábrica onde a geologia é montada.

                            Quando vemos as crateras pensamos em quão fundo foi a flecha, mas na realidade deveríamos pensar: QUÃO LONGE? O que ela fez na e à superfície? Não vivemos a três quilômetros de profundidade, nós dependemos de apenas 10 metros para cima e para baixo para tudo ou quase tudo, menos as minerações profundas de matéria prima e pilhas energéticas (petróleo, gás) e mesmo estas províncias são os componentes horizontais que criam. E é justamente isso que não vem sendo estudado “a fundo”, para fazer um trocadinho; esse é o estudo superficial mais profundo que podemos e devemos fazer, pois dele dependem 95 % ou mais do nosso futuro. Que tenhamos perdido tanto tempo com as profundezas é retrato de nossa falta de lógica e seriedade.

                            Vitória, quarta-feira, 22 de setembro de 2004.

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