sábado, 22 de julho de 2017


Focando a Austrália

 

                            Leia o artigo anterior neste Livro 94, Estudando Cada Lobato, para focar inicialmente o LA, Lobato da Austrália, porque ele é único (todos são diferentes, mas o LA é o mais distinto de todos).

                            O FOGO AUSTRALIANO

·       Tricoordenadas do arco de montanhas (para os lados do leste como Grande Cordilheira Divisória);

·       TC do Lobato (no meio de ambos);

·       TC do cráton (para os lados do oeste).

Logo de cara notamos que o arco de montanhas é baixo, não atinge as alturas dos outros; por outro lado o Lobato não tem: -4) a floresta luxuriante; -3) o grande rio com ela e antes dela; -2) os pantanais; -1) os grandes lagos ainda antes; 0) o grande canal. O Lobato já está todo seco, virou deserto, como no Saara. Tal antecipação – de o Lobato ter sido todo levantado - nos assegura que o significado só pode ser um: a placa contrária entrou profundamente debaixo da placa onde está a Austrália. Se fosse placa alta (como a indiana, que está entrando já 1,3 mil km debaixo da eurasiática) teria formado, como lá, larga cadeia de montanhas, o que não aconteceu. A razão disso é que a placa contrária é baixa, ela não estava acima do nível do mar (isso podemos ver), como a indiana. Nem tão rasa relativamente quanto a Placa de Nazca, pelo contrário, estava bem no fundo, necessariamente uma das mais profundas. De fato, ela mergulhou tão debaixo da Austrália quanto toda as larguras combinadas do LA e do arco de montanhas, pois todo o conjunto foi levantado; não apenas a modesta largura da Grande Cordilheira Divisória como vários milhares de quilômetros até o cráton. Podemos imaginar a placa contrária passando bem fundo debaixo da placa onde está a Austrália, já quase saindo do outro lado (isso não acontecerá: o cráton é como um cravo com uma imensa raiz, estando cravado no manto bem fundo; as placas não irão além de cada um deles, pois eles são como raízes de dentes). É mais ou menos como se a placa da Austrália viesse deslizando e simplesmente flutuasse sobre a placa contrária, como um livro passando sobre outro. Isso quer dizer que a placa da Austrália é bem fina, de profundidade pequena. Esse certamente é um caso único na Terra.

Vitória, segunda-feira, 13 de setembro de 2004.

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