Focando a Austrália
Leia o artigo
anterior neste Livro 94, Estudando Cada
Lobato, para focar inicialmente o LA, Lobato da Austrália, porque ele é
único (todos são diferentes, mas o LA é o mais distinto de todos).
O FOGO AUSTRALIANO
·
Tricoordenadas
do arco de montanhas (para os lados do leste como Grande Cordilheira
Divisória);
·
TC
do Lobato (no meio de ambos);
·
TC
do cráton (para os lados do oeste).
Logo de cara notamos que o arco de
montanhas é baixo, não atinge as alturas dos outros; por outro lado o Lobato
não tem: -4) a floresta luxuriante; -3) o grande rio com ela e antes dela; -2)
os pantanais; -1) os grandes lagos ainda antes; 0) o grande canal. O Lobato já
está todo seco, virou deserto, como no Saara. Tal antecipação – de o Lobato ter
sido todo levantado - nos assegura que o significado só pode ser um: a placa
contrária entrou profundamente debaixo da placa onde está a Austrália. Se fosse
placa alta (como a indiana, que está entrando já 1,3 mil km debaixo da
eurasiática) teria formado, como lá, larga cadeia de montanhas, o que não
aconteceu. A razão disso é que a placa contrária é baixa, ela não estava acima
do nível do mar (isso podemos ver), como a indiana. Nem tão rasa relativamente
quanto a Placa de Nazca, pelo contrário, estava bem no fundo, necessariamente uma
das mais profundas. De fato, ela mergulhou tão debaixo da Austrália quanto toda
as larguras combinadas do LA e do arco de montanhas, pois todo o conjunto foi
levantado; não apenas a modesta largura da Grande Cordilheira Divisória como vários
milhares de quilômetros até o cráton. Podemos imaginar a placa contrária
passando bem fundo debaixo da placa onde está a Austrália, já quase saindo do
outro lado (isso não acontecerá: o cráton é como um cravo com uma imensa raiz,
estando cravado no manto bem fundo; as placas não irão além de cada um deles,
pois eles são como raízes de dentes). É mais ou menos como se a placa da
Austrália viesse deslizando e simplesmente flutuasse sobre a placa contrária,
como um livro passando sobre outro. Isso quer dizer que a placa da Austrália é
bem fina, de profundidade pequena. Esse certamente é um caso único na Terra.
Vitória, segunda-feira, 13 de setembro
de 2004.
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