quarta-feira, 26 de julho de 2017


Cosmos Visual e Conceitual

 

                            O modelo colocou que a soma zero 50/50 dos pares polares opostos/complementares exige satisfação para proporcionar equilíbrio, por exemplo, entre povo e elites; um lado é das imagens ou superfícies ou formas, o povo, e o outro é do lado é das palavras ou conceitos ou estruturas. Diremos que o par 50/50 povelite é formestrutural e se expressa em palavrimagens.

                            Assim, quando o universo deva ser apresentado o modo correto de fazê-lo para o povo é puramente através das imagens ou com poucas palavras, exceto as faladas; não pode haver explicação profunda, nem de elaborados mecanismos de funcionamento – não há tempo popular que dê para tanto. A vida do povo é apertadinha, muitas tarefas físicas para realizar; não pode se perder em elucubrações ou reflexões intensas, e mistérios, modelos elaboradíssimos, pois a vida dele acaba muito mais rápido. Ele vive do passado, do que está consolidado. Pelo contrário, a vida das elites é outra, ela deve mirar o futuro e ir fundo nas concepções. Assim, as exposições feitas para as elites já comportam explicações.

                            Tal divisão implica em fazer DOIS DOCUMENTÁRIOS, sempre, um visual e outro conceitual. Se o cosmos deve ser apresentado uma apresentação quase não conterá palavras, só imagens, ao passo que a outra deve ter esquemas, diagramas, mecanismos, desdobramentos, uma teia de aranha de conceitos de apoio. Só de pensar isso já sabemos que os documentários únicos apresentados estão errados, pois são unidirecionados.

                            Ademais, deveriam se dividir também segundo as idades (jovens e maduros), a Chave do Labor (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas) e assim por diante. Em resumo, os documentários são falhos e porisso mesmo pouco atrativos e extrativos, extraem pouco em termos de atos correlatos consecutivos, isto é, que saiam ou emanem daquele.

                            Vitória, domingo, 26 de setembro de 2004.

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