Venda
da UFES
A
UFES foi construída no campus de Goiabeiras numa quantidade incrível de
estilos, uma multiplicidade inacreditável mesmo - só vendo para crer. Por um
lado há essa feiúra presente no ano da comemoração de meio século e por outro a
PETROBRAS quer um pedaço de terreno lá. Faz sentido: é perto do Aeroporto, dois
quilômetros em linha reta no máximo, poderiam extremadamente construir um
viaduto. Por outro lado, os prédios estão todos prontos, só seria preciso
reformar ligeiramente e já instalar as repartições, se tantos prédios
interessassem. Os que não fossem necessários seriam vendidos.
Não
é fundamental a UFES estar próxima do Aeroporto, que não vai mais sair de onde
está para ir para a Barra do Jucu ou mais longe rumo a Guarapari porque foram
anunciados US$ 100 milhões em investimentos, o que garante sua permanência
contra as ações movidas pela família antigamente proprietária. Para a UFES
(diretoria, professores, alunos e funcionários, ou para os visitantes) o
fundamental é silêncio, ausência de barulhos, quietude, sossego para
desenvolver as tarefas de ensinaprendizado; e ausência de poluição. Faria todo
sentido criar linhas de ônibus especiais a outro lugar, com estradas bem
asfaltadas, programação paisagística uniforme no novo lugar - com flores,
grama, plantas de flores e frutos, lagos, rios, margem do mar, o que fosse.
Se
fosse vendido à PETROBRAS o terreno da UFES, esta deveria receber terreno de
mesmo tamanho (que julgo ser de quatro km2 ou 400 hectares, ou
mais), mais as construções equivalentes que poderiam ser, digamos, erigidas no
decorrer de quatro anos, segundo os desenhos que vou propor em outro artigo. A
transferência se daria na medida em que os prédios ficassem prontos, havendo um
período híbrido, de estar parte no velho e parte no novo território. É difícil
conseguir um terreno do mesmo tamanho e porisso mesmo talvez pudesse ser feito
um acordo de repartição em quatro campi, um para cada cidade maior (Vitória,
Vila Velha, Cariacica e Serra). No sentido de melhorar ainda mais a UFES, a
PETROBRAS construiria laboratórios do nível de primeiro mundo, para impulsionar
a UFES a prestar ainda melhores serviços à coletividade. Pois a PETROBRAS diz
que irá investir um bilhão de dólares por ano até 2010 a partir deste ano, quer
dizer, um total de US$ 6 bilhões no ES em seis anos. É muita coisa, pois as
reservas do ES já chegam a três bilhões de barris, contra 180 bilhões de barris
da Arábia Saudita, conseguidos em 100 anos de pesquisas lá. Então, a presença da PETROBRAS é
garantida e profunda, ela se interessaria. Resta saber se o acordo pode ser
feito. A UFES começaria vida nova de um patamar muito mais alto e adequado,
porque seriam construções novas, do tipo que vou mostrar. Ela poderia responder
em nível incomparavelmente mais elevado, pois passaria a ser instituição de
primeiro mundo, tida como tal conceitualmente, e enquanto forma posta do modo
mais perfeito, num lugar recolhido, longe do burburinho geral.
Ali
os professores teriam tranqüilidade total, bem como os alunos. Nesse recolhimento
os avanços seriam muito mais rápidos, à maneira das universidades americanas e
européias, em bonitos campi, em paisagens belíssimas, com os novos prédios
desenhados em total equilíbrio ambiental pelos tecnartistas.
Vitória,
sexta-feira, 21 de Maio de 2004.
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