quarta-feira, 21 de junho de 2017


Os Governos e os Padres se Encontram para Debater

 

                            Em ASC, quando se chega à conclusão de que há virtualmente um empate entre a qualidade das forças, poder dos governos em termos de ofensa militar provável, e a quantidade de poderes, força dos padres em termos de disseminação das presenças (devotos calados: 2,0 bilhões de cristãos; 1,3 bilhão de muçulmanos; 700 milhões de hinduistas; 300 milhões de budistas), os governos do lado de Adão e os padres da oposição a ele se sentam para conversar e começam a debater se vão ou não abrir os sarcófagos.

                            É nesse ponto que ASC de sugestão de realidade remete realmente à ficção e assume que daí para frente é tudo na base da hipótese, ficção dentro da ficção, porque convém que haja expectativa quanto ao futuro, isto é, se Adão será ou não despertado. Os governos desejam acordá-lo, mas os padres referem as ações torpes dos atlantes Puros e dos Impuros. Abre-se debate muito áspero e agudo, intenso mesmo, chegando às raias da altercação, com ameaças de um e outro lado. Porque, se os governos dispõem de todo esse poder, forças concentradas, os padres têm adeptos em todos os postos, em todas as posições, desde as mais baixas até as mais altas, em toda a geografia, todos os cargos ambientais (mundiais, nacionais, estaduais e municipais/urbanos). Os religiosos estão em toda parte, em todos os países, porque os padres tiveram vários milhares de anos para se espalharem. Então, é um dilema: os governos detêm o poder, mas quem o opera é do outro lado. A coisa miscigenou-se tremendamente ao longo dos milênios. Casaram-se os oponentes, geraram filhos juntos, misturaram os interesses e agora Adão e os seus têm um novo problema nas mãos: os que foram postos como adversários ameaçam se entender e caminhar juntos. Seguramente Adão previu isso também e preparou defesas, de modo que tudo vai se tornando cada vez mais complicado, como acontece na realidade. O tronco vai se abrindo em galhos, em ramos, em folhas e em inumeráveis frutos, alguns previstos e outros não.

                            Como os governos e os padres se enfrentarão e, principalmente, como o farão sem manifestar isso ao público? Como colocarão panos quentes para encobrir esses choques? Porque o principal para eles tem sido o encobertamento de tudo que diga respeito a Adão e Eva.

                            Vitória, quinta-feira, 20 de maio de 2004.

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