O Assombroso Dia da
Guerra
O MAHABHARATA NA Internet
Este poema épico da Índia antiga é mais volumoso
que a Bíblia e tem mais de 5000 anos. Nele estão descritas histórias
intrigantes como a das máquinas voadoras, movidas a mercúrio e forte vento
propulsor, que teriam navegado a grandes alturas.
|
Todo
esse aspecto fantástico, mas deslocado e malposto, será aproveitado em ASC com
modificações, porque é preciso ver o mundo de então como natural, no sentido de
que os eventos não eram extraordinários para quem os conhecia e com eles
convivia diariamente.
Adão
ou Zeus ou Krisna foi para a Grande Guerra dos Deuses ao lado de Enoque, seu
desprezível neto, contra os Puros ou defensores da tradição de correção, porém
não usou as armas letais da Grande Nave que pairava lá no espaço. Meramente
“dirigiu o carro” de Arjuna, CARRO DE ADÃO onde corria Enoque. Mas a presença
de Adão, literalmente pai de todos, que ali estava - em 3,05 mil a.C. – há 700
anos congelava as almas. Imagine só uma pessoa que por sete século domina
completamente o horizonte, a Terra inteira, e você terá idéia ligeira da
comoção que sua presença ao lado de Enoque, o Sujo, provocava, pois os Puros
não entendiam como ele podia ficar ao lado do pervertido, sendo em si mesmo tão
correto em tudo, tão certo, tão exigente. Ele tinha suas razões, é claro, como
ficou posto. Os Impuros, do lado de Enoque, rejubilaram, entendendo erradamente
a presença de Adão como validação de suas teses.
Para
os Puros a guerra já estava desde o primeiro momento perdida, mas eles se
jogaram com prazer na morte, procurando não ver as conseqüências daquele apoio
aparentemente indevido. Milhares de “imortais” morreram naquele dia e a Cidade
Celestial se despovoou e viveu nas décadas seguintes o vazio das famílias
despedaçadas.
Os
Puros derrotados por essa vez voltaram a Tróia Olímpica, mas esta nunca mais
foi a mesma, com amargor de ambos os lados. Daí em diante, ainda por (3,05 –
2,82 mil a.C.) 230 anos até a morte de Adão, houve um silêncio macabro, o
mortal silêncio de pessoas educadas que se detestam, que se cumprimentam, mas
não ficam felizes com suas mútuas presenças. Quando Adão e Eva morreram o luto
durou 150 anos, até 2,67 mil a.C., quando os atlantes abalados reemergiram de
sua dor. Outros 220 anos se passaram antes que estourasse a Guerra do Alcance
na qual os Puros foram definitivamente batidos e escorraçados, tornando-se os Renegados.
Enquanto isso não aconteceu os Puros andavam de branco e os Impuros de negro e
só a muito custo eles não se atracavam, em virtude da presença de Set e dos
antigos avós.
Naquele
único dia no pé do morro houve esse confronto espantoso, assombroso, em que os
raios das armas presentes na Cidade Celestial coruscavam a torto e a direito,
matando muitos, inclusive alguns dos Velhos. Embora todos amassem a Adão,
alguns reprovaram em silêncio sua atitude de apoiar o neto, Enoque.
E
a Grande Guerra mudou os cenários para sempre. Os humanos mestiços e os sapiens
viram que os “deuses” podiam se desentender e tomaram também partido, contudo
não enquanto Adão viveu, nem abertamente no período de luto. Logo em seguida
começaram a ser construídas as grandes muralhas, que tanto mal fizeram ao mundo
depois, pois a seguir toda cidade as ergueu. Cidade virou sinônimo de cercada,
separando-se do campo e das demais cidades, todas e cada uma por sua vez
cercada e separada. Foi um desastre total. Um único dia marcou essa mudança.
Vitória,
domingo, 30 de maio de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário