sábado, 24 de junho de 2017


O Assombroso Dia da Guerra

 

O MAHABHARATA NA Internet


Este poema épico da Índia antiga é mais volumoso que a Bíblia e tem mais de 5000 anos. Nele estão descritas histórias intrigantes como a das máquinas voadoras, movidas a mercúrio e forte vento propulsor, que teriam navegado a grandes alturas.


Todo esse aspecto fantástico, mas deslocado e malposto, será aproveitado em ASC com modificações, porque é preciso ver o mundo de então como natural, no sentido de que os eventos não eram extraordinários para quem os conhecia e com eles convivia diariamente.

Adão ou Zeus ou Krisna foi para a Grande Guerra dos Deuses ao lado de Enoque, seu desprezível neto, contra os Puros ou defensores da tradição de correção, porém não usou as armas letais da Grande Nave que pairava lá no espaço. Meramente “dirigiu o carro” de Arjuna, CARRO DE ADÃO onde corria Enoque. Mas a presença de Adão, literalmente pai de todos, que ali estava - em 3,05 mil a.C. – há 700 anos congelava as almas. Imagine só uma pessoa que por sete século domina completamente o horizonte, a Terra inteira, e você terá idéia ligeira da comoção que sua presença ao lado de Enoque, o Sujo, provocava, pois os Puros não entendiam como ele podia ficar ao lado do pervertido, sendo em si mesmo tão correto em tudo, tão certo, tão exigente. Ele tinha suas razões, é claro, como ficou posto. Os Impuros, do lado de Enoque, rejubilaram, entendendo erradamente a presença de Adão como validação de suas teses.

Para os Puros a guerra já estava desde o primeiro momento perdida, mas eles se jogaram com prazer na morte, procurando não ver as conseqüências daquele apoio aparentemente indevido. Milhares de “imortais” morreram naquele dia e a Cidade Celestial se despovoou e viveu nas décadas seguintes o vazio das famílias despedaçadas.

Os Puros derrotados por essa vez voltaram a Tróia Olímpica, mas esta nunca mais foi a mesma, com amargor de ambos os lados. Daí em diante, ainda por (3,05 – 2,82 mil a.C.) 230 anos até a morte de Adão, houve um silêncio macabro, o mortal silêncio de pessoas educadas que se detestam, que se cumprimentam, mas não ficam felizes com suas mútuas presenças. Quando Adão e Eva morreram o luto durou 150 anos, até 2,67 mil a.C., quando os atlantes abalados reemergiram de sua dor. Outros 220 anos se passaram antes que estourasse a Guerra do Alcance na qual os Puros foram definitivamente batidos e escorraçados, tornando-se os Renegados. Enquanto isso não aconteceu os Puros andavam de branco e os Impuros de negro e só a muito custo eles não se atracavam, em virtude da presença de Set e dos antigos avós.

Naquele único dia no pé do morro houve esse confronto espantoso, assombroso, em que os raios das armas presentes na Cidade Celestial coruscavam a torto e a direito, matando muitos, inclusive alguns dos Velhos. Embora todos amassem a Adão, alguns reprovaram em silêncio sua atitude de apoiar o neto, Enoque.

E a Grande Guerra mudou os cenários para sempre. Os humanos mestiços e os sapiens viram que os “deuses” podiam se desentender e tomaram também partido, contudo não enquanto Adão viveu, nem abertamente no período de luto. Logo em seguida começaram a ser construídas as grandes muralhas, que tanto mal fizeram ao mundo depois, pois a seguir toda cidade as ergueu. Cidade virou sinônimo de cercada, separando-se do campo e das demais cidades, todas e cada uma por sua vez cercada e separada. Foi um desastre total. Um único dia marcou essa mudança.

Vitória, domingo, 30 de maio de 2004.

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