domingo, 25 de junho de 2017


A Forma da Nave Pequena

 

                            Já vimos que a Grande Nave é uma esfera. E não para evitar atrito, nada disso – é para caber mais coisas, mesmo. E não é àtoa que é dita “grande”, pois é imensa, de fato.

                            As pequenas naves são circulares, como vimos. Mas qual a sua forma real biconvexa? De um lado deve se conformar à GN, à sua superfície, à sua circularidade. Como ela é muito grande, sua circularidade é também muito grande, porisso desse lado a nave pequena é quase plana, mas do outro não – desse lado ela forma uma hemisfera de máximo aproveitamento.

                            Suponha que o raio de uma esfera grande seja de 100 km; a circunferência dela é 2πr, quase 630 km; por outro lado se a pequena tem 100 metros de diâmetro, sua circunferência tem menos de 315 m. O diâmetro da pequena toma da circunferência da grande 100/630.000, uma insignificância percentual, 0,015 %; um nada, quase não se notando. Mas metade do volume da pequena é (4πr3/3) /2, dando quase 262 mil metros cúbicos, o que é muito. Cabe deveras muito, porque de um lado é uma hemisfera, enquanto do outro é quase chato, quase plano.

                            Isso facilita pousar no solo sobre o que será a base, esse lado quase plano, enquanto no outro cabem coisas à bessa a trazer e levar. Por outro lado, no espaço se pode promover o acoplamento de qualquer lado. No caso de ser na posição natural há acoplamento perfeito, não sobrando espaço; contudo, se for ao contrário, sobra um espaço enorme, que vira uma espécie de hangar, um depósito, onde os robôs podem trabalhar. Neste caso, a pequena nave pode levar um punhado de objetos não-vivos debaixo dela e empurrá-los para dentro da GN, onde serão manuseados. Se o acoplamento for vedado, todos esses objetos ficam bem acomodados, protegidos do vácuo do espaço.

                            Desse modo, a pequena nave é de um lado uma hemisfera, que em geral fica para cima e do outro é quase plana; não é um disco voador, de modo nenhum se assemelhando a um pires ou um prato. Seria mais uma hemisfera que não é exatamente plana embaixo. As pessoas não podem ter visto FLYING SAUCER (disco voador) porque nunca houve nem um. O que passou por aí foram essas hemisferas.

                            Vitória, segunda-feira, 07 de junho de 2004.

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