A Forma da Nave
Pequena
Já vimos que a
Grande Nave é uma esfera. E não para evitar atrito, nada disso – é para caber
mais coisas, mesmo. E não é àtoa que é dita “grande”, pois é imensa, de fato.
As pequenas naves
são circulares, como vimos. Mas qual a sua forma real biconvexa? De um lado
deve se conformar à GN, à sua superfície, à sua circularidade. Como ela é muito
grande, sua circularidade é também muito grande, porisso desse lado a nave
pequena é quase plana, mas do outro não – desse lado ela forma uma hemisfera de
máximo aproveitamento.
Suponha que o raio
de uma esfera grande seja de 100 km; a circunferência dela é 2πr, quase 630 km;
por outro lado se a pequena tem 100 metros de diâmetro, sua circunferência tem
menos de 315 m. O diâmetro da pequena toma da circunferência da grande
100/630.000, uma insignificância percentual, 0,015 %; um nada, quase não se
notando. Mas metade do volume da pequena é (4πr3/3) /2, dando quase
262 mil metros cúbicos, o que é muito. Cabe deveras muito, porque de um lado é
uma hemisfera, enquanto do outro é quase chato, quase plano.
Isso facilita pousar
no solo sobre o que será a base, esse lado quase plano, enquanto no outro cabem
coisas à bessa a trazer e levar. Por outro lado, no espaço se pode promover o
acoplamento de qualquer lado. No caso de ser na posição natural há acoplamento
perfeito, não sobrando espaço; contudo, se for ao contrário, sobra um espaço
enorme, que vira uma espécie de hangar, um depósito, onde os robôs podem
trabalhar. Neste caso, a pequena nave pode levar um punhado de objetos
não-vivos debaixo dela e empurrá-los para dentro da GN, onde serão manuseados.
Se o acoplamento for vedado, todos esses objetos ficam bem acomodados,
protegidos do vácuo do espaço.
Desse modo, a
pequena nave é de um lado uma hemisfera, que em geral fica para cima e do outro
é quase plana; não é um disco voador, de modo nenhum se assemelhando a um pires
ou um prato. Seria mais uma hemisfera que não é exatamente plana embaixo. As
pessoas não podem ter visto FLYING SAUCER (disco voador) porque nunca houve nem
um. O que passou por aí foram essas hemisferas.
Vitória,
segunda-feira, 07 de junho de 2004.
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