A Curva do
Sino e a Inflação
Lá para trás
estabeleci o conceito de “isoquantas inflacionárias”. Quantas vem da palavra
grega que significa quantidade; iso, de igual. Então, “quantidades iguais de
inflação”. Podemos ver um morro com curvas de nível marcando igual ação
gravitacional, que no desenho socioeconômico seriam as curvas de relação
inflacionária. Quando isso é juntado à Curva do Sino ou de Gauss ou das
Distribuições Estatísticas esta pode ser vista como um corte vertical do morro,
mostrando bidimensionalmente e de forma reduzida o que é o real tridimensional.
No plano aquilo que é mostrado é a soma zero bidimensional, à esquerda ficando
50 % e à direita outros 50 %, formando o par polar oposto/complementar.
Já
sabemos que 2,5 % ou 1/40 de tudo, tanto à esquerda quanto à direita, serão os
que estão nos extremos; na esquerda os que serão SEMPRE devorados e na direita
os que estarão SEMPRE devorando. No espaço podemos ver próximo do chão, para
onde vai toda a “água inflacionária” (para criar tal paralelo imaginário) está
escorrendo, o lugar de máxima acumulação; e a descida dela com maior ou menor
velocidade, quer dizer, maior ou menor taxa inflacionária. Quanto mais alto o
morro, maior é a gravidade-inflação ou as taxas de aceleração da concentração monetária
(que serão ou não contraditadas pelos governos). No Brasil, por exemplo, os
governos mantiveram altas taxas de inflação durante 40 anos, concentrando
enormemente as rendas ou dando espaço para os jogos de concentração, que foram
muito ativos, gloriosos somente para quem os usaram em favor de si e dos seus,
terríveis para todos os que foram subtraídos.
Picos
agudíssimos, muito altos, correspondem à inflação galopante, quer dizer,
CONCENTRAÇÃO GALOPANTE, a galope, com rapidez mortal. No Brasil a inflação já
chegou a 80 % num único mês, tal foi a fúria concentracionista da burguesia
(tudo isso é pago no futuro). Contar a inflação no mundo, nas nações, nos
estados e nos municípios/cidades, então, não é do eixo das trivialidades ou
bobeiras, é questão central, que nos permite perceber o âmago mesmo do jogo de
poder/submissão.
E,
como disse a Gabriel, compreender as isoquantas I significa, colocando um
escritório para trato dos dados, poder se apoderar das riquezas - apenas
transferindo números entre operações - numa velocidade estonteante.
Vitória,
sexta-feira, 28 de maio de 2004.
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