domingo, 21 de maio de 2017


O Simulador de Mundo

 

No livro de Chris Anderson (presidente do TED), TED Talks (O guia oficial do TED para falar em público), Rio de Janeiro, Intrínseca, 2016 (original do mesmo ano) – que abordarei outras vezes, espero -, o psicólogo de Harvard, Dan Gilbert introduz a partir da página 76 assunto borbulhante, muito animador, sobre o córtex pré-frontal, que apareceu no caminhar desde os primatas com 560 cc de capacidade craniana até os 1.300 a 1.400 cc dos cro-magnons, nós, permitindo o aparecimento do simulador de experiências: “Os seres humanos dispõem dessa adaptação maravilhosa para simular experiências em suas cabeças antes de vivenciá-las na vida real”. O ser humano faz parte da vida real, participação retraída, seletiva.

Quer dizer, nossas cabeças SIMULAM O MUNDO, abstraem o que sentimos e em particular vemos (como já coloquei, não vemos o mundo real primário, vemos o mundo-interpretado, o compromisso pessoambiental de mundo: com compromissos diferentes, pessoas veem distintamente o universo).

SIMULAÇÃO PESSOAMBIENTAL (os compromissos FILTRAM o universo para nossas aceitações)

SIMULAÇÃO AMBIENTAL.
Simulação da mundialidade.
Simulação política, governamental.
Simulação da nacionalidade.
Simulação da estadualidade.
Simulação da urbanidade-municipalidade.
SIMULAÇÃO PESSOAL.
Simulação da empresaridade.
Simulação administrativa, empresarial.
Simulação da grupalidade.
Simulação da familiaridade.
Simulação da individualidade (o que você pensa que é, é muito diferente de como o mundo o vê).

O córtex introduziu essa novidade, a simulação de que Einstein falou, a experiência mental em completo feedback, realimentação constante em pulsante, vibrante experiência de campo (que tem nove níveis ou escaninhos para Conhecimento: Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática; o que seria desta última sem simulação?).

O mundo chamado real está lá fora, não podemos conhece-lo: então o transformamos em símbolos através dos sentidos, da fala e da escrita, dos pensamentos redutores e comparamos as imagens reduzidas com as informações que chegam, inclusive todo simbolismo.

O Dan tem razão.

O córtex é nosso filtro, nosso funil. E como ele é dessemelhante em cada um, o que é filtrado é também distinto. Não é à toa que dizem que cada um é um universo, evidentemente universo pequeno que vai crescendo conforme os degraus da pontescada pessoambiental.

Vitória, domingo, 21 de maio de 2017.

GAVA.

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