domingo, 21 de maio de 2017


Os Padres Aprendem a Ler

 

                            Na seqüência da coletânea Adão Sai de Casa, no artigo O Sindicato dos Servos da Casa Celeste, neste Livro 68, e em A Criadagem dos Deuses, Livro 67, desenvolvi o tema de ter havido no que chamei de Tróia Olímpica ou Celeste uma quantidade de servos ou criados, os que cuidavam do atendimento deferente ou atencioso aos “deuses” adâmicos ou celestes ou atlantes ou augustos descendentes de Adão e Eva, que se tornaram depois da instituição das dinastias os padres ou pastores ou sacerdotes. Não são mais que a criadagem dos “deuses”.

                            Foram selecionados os melhores, os de maior QIMC (quociente de inteligência, memória e controle ou comunicação ou capacidade de verbalização), os que aprenderiam mais rápido a fazer as mínimas tarefas de qualidade dentre os humanos que Adão e Eva encontraram na Terra primitiva em que escolheram morar, vindos de Paraíso, planeta da estrela Canopus, mais de 300 anos-luz do Sol.

                            Esses melhores, todavia, eram muito atrasados, claro, não conheciam quase nada e se não fossem os adâmicos teriam continuado sem conhecer por muitos milênios, na marcha da evolução natural, se a evolução artificial de Deus não tivesse impulsionado os planos da Natureza. Tiveram de aprender as mínimas coisas com grande dificuldade, por exemplo, um passável serviço de copeiros ou trabalho de mordomo ou levar recados e, sobretudo tiveram de aprender a ler, com grande reverência, com enorme susto, com sagrado pavor, desde então os leitores e os escribas sentindo-se especiais e acima dos demais mortais, perante os “deuses” “imortais”.

                            Ora, é isso que passaremos nos filmes, caso eles sejam feitos: depois de séculos os leitores e escritores humanos passaram a escrita aos demais, reis e nobreza-matadora ou militar, primeiros no serviço seguinte (mas longe dos “deuses”, sem contato com eles, que era intermediado – como ainda é), depois aos comerciantes e demais gente da Economia, por último aos braçais. Foi um momento único da geo-história da Terra aquele no qual os iletrados tiveram o primeiríssimo choque de literalização, de tornarem-se letrados, os primeiros de todos os bilhões que se seguiriam. Que emocionante foi compreender que as palavras podiam resistir ao tempo! Isso deve ser bastante frisado, porque inclusive serve à modernidade.

                            Vitória, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004.

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