terça-feira, 23 de maio de 2017


Matemática Ideográfica

 

                            Faz bastante tempo que falo de e peço a língua ideográfica, que possa ser escrita em todos os sentidos e direções, comprimindo conceitos e facilitando a expressão e compactação da Matemática. De vez em quando volto a ela, porque a considero importante demais.

                            Eu soube que agora são feitos 100 mil teoremas matemáticos por ano, o que é espantoso à beça (veja o Conhecimento – Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica – como incompletamente expresso pela Matemática). Nesse ritmo, poderiam pensar, não haveria como expressar tantos teoremas com os símbolos que pudéssemos imaginar (e, pior ainda, lembrar), ultrapassando rapidamente todos os que estão presente no chinês, depois no árabe e nas demais línguas, tomadas todas as variações como ideogramas. É claro que eles não terão significado para nós senão o que for reconvencionado a partir de seu uso original, mas como já apontei pode ser constrangedor para os proprietários.

                            Se esta dificuldade é difícil de sanar (exceto pela invenção de novos símbolos), aquela é mais fácil, dado que o modelo separou (para melhor juntar) a Matemática em Álgebra (de equações lineares), Geometria (de inequações não-lineares) e G.A., Geometrialgébrica, chamada comumente de geometria-analítica (seria melhor dizer sintanalítica, sintética-analítica). E quanto aos teoremas, podemos atribuir símbolo a uns e outros; e se eles fazem parte como subconjuntos de um conjunto maior, este símbolo englobará aqueles dois anteriores, havendo uma notável compressão, como de fato deve haver mesmo, de forma a retornarmos das folhas aos galhos, ao tronco único e, se dermos sorte, às raízes da Criação. Assim, o símbolo Ö pode representar toda uma árvore de teoremas englobados no mesmo conceito e em algum tempo uma página de símbolos ultracompactados pode significar demonstração de uma biblioteca inteira de teoremas. Teríamos de ter certeza cada vez maior sobre a concordância das demonstrações, para o quê precisaremos ulteriormente de programáquinas demonstradores, mas isso é outra história.

                            Por enquanto fica que esse FUNIL IDEOGRÁFICO poderia servir no mestrado e no doutorado para filtrar os elementos tardios, que ainda não compreenderam os passos básicos – no sentido de acelerar tremendamente o ensinaprendizado de Matemática. Porém, isso não deve ser usado na graduação porque os alunos ficariam aturdidos.

                            Vitória, segunda-feira, 01 de março de 2004.

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