Marilena
És Tu
MARILENA DE SOUZA CHAUÍ (ela é chamada
filósofa: só porque um leigo fala de física é físico?)
![]()
São Paulo, 1941.
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Ela é héterocopista, como chamei os que
copiam um pouco diferente; faz colagens comentadas dos filósofos.
O
TÍTULO FAZ MENÇÃO À MÚSICA ‘MARIA HELENA ÉS TU’
Maria Helena
Maria Helena és tu
A minha inspiração Maria Helena vem Ouvir meu coração Na minha melodia Ecoa a tua voz A mesma lua cheia Há de esperar por nós.
Maria Helena lembra
O tempo que passou Maria Helena o meu Amor não se acabou Das flores que guardei Uma secou Maria Helena És a verbena Que murchou.
Haroldo Barbosa / Lorenzo
Barcelata / Russel
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O caso é que a Marilena, junto com Lula e
outros, começou a verberar contra a classe média (geral, não somente a do
Brasil), sem ter analisado a questão, como fiz em Classes Ascendentes e Descendentes, mostrando que é nela, classe
média, ao contrário do apontamento pela intempestiva desrazão emocional dela,
que fertilizam os valores e os crescimentos nacionais, até porque têm às costas
o açoite do não-ter dos pobres e miseráveis, a lembrança constante da queda, e
à frente a oferta do orgulho (fama, poder, riqueza, beleza) dos médio-altos e
ricos; têm ao mesmo tempo lazer e objetos de cultura (toda a mídia, todos os
conhecimentos, todas as tecnartes) e educação mais apurada. Não poderia sair de
outra classe a elevação nacional.
Ela não filosofa, faz colagens.
Pega um tema já solado mundialmente, coisas
que vem de 2,5 milênios até os tempos recentes, lê demoradamente, assimila e
expõe como se fosse de sua lavra: não é, é plágio.
O que é filósofo?
Seria muito demorado delinear tudo, mas
podemos dizer como opera tal figura: assim como os matemáticos, os filósofos
podem começar do zero, sem sequer ler um livro, reinventando progressivamente
tudo de outra forma, trilhando outros caminhos. Não precisa de bibliotecas, não
necessita ouvir palestras de outros, não depende de outros pensamentos. Tem
esse privilégio, de começar do zero. Claro, repetiria demoradamente tudo e
todos, faria de novo o que já foi feito, pensaria quiçá em erros velhos e em
não praticados, mas faria, seguiria em frente, lá para diante iria se
aproximando do eixo, quem sabe até melhor que outros, quem sabe melhor que
todos e cada um. Não é prisioneiro de salas de aula, nem de universidades como
quase todos do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião,
Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica) geral são, especialmente as frações
baixas. Por exemplo, não faria sentido os técnicos reinventarem a roda ou os
teólogos recomeçarem do panteísmo ou do animismo, embora possam e até houvesse vantagens
nisso.
Os matemáticos e os filósofos só precisam de
lápis e papel para guardar o que já foi processado.
Marilena não seria capaz disso.
Ela é pesquisadora, significando que busca confortavelmente
o já feito. Não é nenhuma fonte de sabedoria-santidade, nem muito menos uma
iluminada. Não duraria nem uma hora com verdadeiro filósofo, ele a desmontaria
em dois tempos de meia hora cada.
Enfim, essas demonstrações intempestivas são
vãs.
Vitória, sábado, 20 de maio de 2017.
GAVA.
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