sábado, 20 de maio de 2017


Marilena És Tu

 

MARILENA DE SOUZA CHAUÍ (ela é chamada filósofa: só porque um leigo fala de física é físico?)

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ea/Marilena_chau%C3%AD_flickr.jpg/1024px-Marilena_chau%C3%AD_flickr.jpg
São Paulo, 1941.

Ela é héterocopista, como chamei os que copiam um pouco diferente; faz colagens comentadas dos filósofos.

O TÍTULO FAZ MENÇÃO À MÚSICA ‘MARIA HELENA ÉS TU’

Maria Helena
 
Maria Helena és tu
A minha inspiração
Maria Helena vem
Ouvir meu coração
Na minha melodia
Ecoa a tua voz
A mesma lua cheia
Há de esperar por nós.
Maria Helena lembra
O tempo que passou
Maria Helena o meu
Amor não se acabou
Das flores que guardei
Uma secou
Maria Helena
És a verbena
Que murchou.
 
Haroldo Barbosa / Lorenzo Barcelata / Russel

O caso é que a Marilena, junto com Lula e outros, começou a verberar contra a classe média (geral, não somente a do Brasil), sem ter analisado a questão, como fiz em Classes Ascendentes e Descendentes, mostrando que é nela, classe média, ao contrário do apontamento pela intempestiva desrazão emocional dela, que fertilizam os valores e os crescimentos nacionais, até porque têm às costas o açoite do não-ter dos pobres e miseráveis, a lembrança constante da queda, e à frente a oferta do orgulho (fama, poder, riqueza, beleza) dos médio-altos e ricos; têm ao mesmo tempo lazer e objetos de cultura (toda a mídia, todos os conhecimentos, todas as tecnartes) e educação mais apurada. Não poderia sair de outra classe a elevação nacional.

Ela não filosofa, faz colagens.

Pega um tema já solado mundialmente, coisas que vem de 2,5 milênios até os tempos recentes, lê demoradamente, assimila e expõe como se fosse de sua lavra: não é, é plágio.

O que é filósofo?

Seria muito demorado delinear tudo, mas podemos dizer como opera tal figura: assim como os matemáticos, os filósofos podem começar do zero, sem sequer ler um livro, reinventando progressivamente tudo de outra forma, trilhando outros caminhos. Não precisa de bibliotecas, não necessita ouvir palestras de outros, não depende de outros pensamentos. Tem esse privilégio, de começar do zero. Claro, repetiria demoradamente tudo e todos, faria de novo o que já foi feito, pensaria quiçá em erros velhos e em não praticados, mas faria, seguiria em frente, lá para diante iria se aproximando do eixo, quem sabe até melhor que outros, quem sabe melhor que todos e cada um. Não é prisioneiro de salas de aula, nem de universidades como quase todos do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica) geral são, especialmente as frações baixas. Por exemplo, não faria sentido os técnicos reinventarem a roda ou os teólogos recomeçarem do panteísmo ou do animismo, embora possam e até houvesse vantagens nisso.

Os matemáticos e os filósofos só precisam de lápis e papel para guardar o que já foi processado.

Marilena não seria capaz disso.

Ela é pesquisadora, significando que busca confortavelmente o já feito. Não é nenhuma fonte de sabedoria-santidade, nem muito menos uma iluminada. Não duraria nem uma hora com verdadeiro filósofo, ele a desmontaria em dois tempos de meia hora cada.

Enfim, essas demonstrações intempestivas são vãs.

Vitória, sábado, 20 de maio de 2017.

GAVA.

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