sábado, 20 de maio de 2017


Duas Abordagens e Dois Cuidados

 

Tenho muitos álbuns em quadrinhos em casa, passei décadas comprando-os, enquanto as pessoas em geral estavam adquirindo roupas, joias e todos os elementos do orgulho (acumulação de poder, riqueza, fama/glória e beleza). Como o dinheiro não dava para tudo – mormente porque, comprando em demasia várias coisas, paguei juros e pude comprar menos -, por vezes comprava dois até salteados, faltavam os seguintes em várias combinações de perda. Vários vieram de Portugal, aquelas edições de 4500 + 500 (e não 5,0 mil), são formidáveis, os portugueses são muito cuidadosos com tudo, tenho grande respeito por eles. Há-os de muitos países europeus, vertidos à língua, número menor de autores portugueses.

DOIS ÁLBUNS COM DIFERENTES CUIDADOS

AUTOR.
ÁLBUNS.
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Lisboa, Meribérica, original de 1985.
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França, 1923.
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Lisboa, Meribérica, original de 1986.

O segundo é bom, é qualificado, é acadêmico, é trivial: dá quando muito um filme, não gera nenhuma emoção. É apenas bem cuidado, com trama.

O primeiro é emocionante, ultrapassa em muito o bom, é excelente, é excepcional, gera filme e sequência (mesmo se não existissem outros álbuns já editados). A apresentação da época, Idade Média, é coerente até onde podemos pensar, condiz com o que lemos, os desenhos são cativantes, os personagens bem desenvolvidos, os enquadramentos surpreendentes, o todo é alento para a alma neste mundo enfeado pelos livros e quadrinhos malignos.

Um foi apenas atento, o outro vibrante, entre ambos há a diferença entre os produtores de fantasia razoável e Tolkien. A gente vive em alegria com os primeiros, não com os segundos, que são apenas passatempos.

Vitória, sábado, 20 de maio de 2017.

GAVA.

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