Duas
Abordagens e Dois Cuidados
Tenho muitos álbuns em quadrinhos em casa,
passei décadas comprando-os, enquanto as pessoas em geral estavam adquirindo
roupas, joias e todos os elementos do orgulho (acumulação de poder, riqueza,
fama/glória e beleza). Como o dinheiro não dava para tudo – mormente porque,
comprando em demasia várias coisas, paguei juros e pude comprar menos -, por
vezes comprava dois até salteados, faltavam os seguintes em várias combinações
de perda. Vários vieram de Portugal, aquelas edições de 4500 + 500 (e não 5,0
mil), são formidáveis, os portugueses são muito cuidadosos com tudo, tenho
grande respeito por eles. Há-os de muitos países europeus, vertidos à língua,
número menor de autores portugueses.
DOIS
ÁLBUNS COM DIFERENTES CUIDADOS
AUTOR.
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ÁLBUNS.
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Lisboa, Meribérica, original de 1985.
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França, 1923.
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Lisboa, Meribérica, original de 1986.
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O segundo é bom, é qualificado, é acadêmico,
é trivial: dá quando muito um filme, não gera nenhuma emoção. É apenas bem
cuidado, com trama.
O primeiro é emocionante, ultrapassa em muito
o bom, é excelente, é excepcional, gera filme e sequência (mesmo se não
existissem outros álbuns já editados). A apresentação da época, Idade Média, é
coerente até onde podemos pensar, condiz com o que lemos, os desenhos são
cativantes, os personagens bem desenvolvidos, os enquadramentos surpreendentes,
o todo é alento para a alma neste mundo enfeado pelos livros e quadrinhos
malignos.
Um foi apenas atento, o outro vibrante, entre
ambos há a diferença entre os produtores de fantasia razoável e Tolkien. A
gente vive em alegria com os primeiros, não com os segundos, que são apenas
passatempos.
Vitória, sábado, 20 de maio de 2017.
GAVA.
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