domingo, 21 de maio de 2017


Mar Negro de Petróleo

 

                            Em Gibraltar e o Lago Mediterrâneo (Livro 13), em Engolindo o Mediterrâneo (Livro 65) e em Petróleo Mediterrâneo (Livro 66) passei da compreensão do Mar Mediterrâneo como um lago com duas pontas da Europa e da África se encontrando à de ter sido um oceano primevo de bilhões de anos que está sendo montado DOS DOIS LADOS, tanto do lado europeu quanto do lado africano. Enfim, ele está sendo obstruído pelos dois continentes e um dia desaparecerá fatalmente, ou a Europa entrando debaixo da África ou vice-versa.

                            Os mares Negro e Cáspio, mais ou menos do mesmo tamanho, não passam de apêndices. É de se decidir pelas pesquisas se pertenciam ao lado de cima, europeu, com a península arábica colada à África sendo empurrada para cima (como parece mais verdadeiro) ou o contrário. Em todo caso é um mar de petróleo com 440 mil km2 (quase 10 vezes os 45,6 mil km2 do Espírito Santo). A maior profundidade é de 2.135 metros. O Cáspio, seu vizinho, tem aproximadamente a mesma área, medindo 450 x 1.200 km, com sete mil quilômetros de costas (o Brasil tem 8,5 mil km) e média de apenas 170 metros de profundidade, com cota máxima de 1.025 metros. Enfim, ambos são tranqüilos para as pesquisas da Petrobrás, acostumada que está a companhia estatal brasileira a buscar em águas muito mais profundas. Em todo caso são duas províncias petrolíferas que somam quase 900 mil km2 ou umas 20 vezes o ES.

                            O Mar Negro faz divisa com a Bulgária, a Romênia, a Moldávia (uma pontinha, se é que toca – parece que dá para um lago), a Ucrânia, a Rússia, a Geórgia e a Turquia. É um mar fechado, vai ser preciso negociar com todas as nações. Podemos contar seis países, com divisão proporcional segundo as linhas de praia confrontantes em recorte de métrica de um quilômetro (porque reduzir a metro vai complicar demais). O Mar Cáspio, por outro lado faz divisa com Rússia, Cazaquistão, Turcomenistão, Irã e Arzebaijão, portanto, cinco, menos uma. No conjunto onze nações, cerca de 80 mil km2 em média - mais ou menos de duas (1,75) áreas do ES - cada, o que é bastante coisa, porque diferentemente do ES e do RJ, no Brasil, tudo aquilo é petróleo antigo. E TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO, é petróleo. Dois poços gigantescos.

                            Vitória, terça-feira, 24 de fevereiro de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário