quarta-feira, 24 de maio de 2017


Libré dos Servos da Casa Celeste

 

             Eis como o Houaiss digital define:

Substantivo feminino
1       fardamento provido de galões e botões distintivos us. Pelos criados de casas nobres e senhoriais
2      Uso: informal.
Farda, uniforme
3      Uso: informal.
Vestimenta, terno
4      Derivação: sentido figurado.
Aspecto exterior; fachada, aparência
Ex.: esse linguajar não combina com o seu l.

Evidentemente é muito mais que isso.

É a satisfação (para quem gosta de tal sentimento) profunda de estar servindo a contento aos “senhores”. É a vigilância diária das roupas e vincos, das perfeições, de modo a não haver um cisco sequer. É a instituição dos mordomos e servidores das casas nobres e senhoriais. É a confiança dos chefes na infalibilidade. Não são apenas os uniformes, as cores, os cortes, nunca apenas isso, é uma quantidade de coisas associadas. Pode-se tratar como um sindicato, porque todos buscam dignidade, nem que seja no serviço de uma vida inteira sem uma falha e uma crítica. Quando disséssemos UNIFORME DE EMPREGADA estaríamos nos referindo a toda uma instituição.

                            Ainda mais se, como estamos imaginando na coletânea Adão Sai de Casa, Adão veio mesmo de outro planeta, estabeleceu um vínculo com os sapiens, criou a humanidade, deu origem aos adâmicos ou atlantes ou celestiais, criou a Casa Grande na Tróia Olímpica e o resto todo, vá seguir a trilha. Se ele chegou em 3,75 mil antes de Cristo e o último dos atlantes, Abraão, morreu em 1,60 mil a.C., então esse serviço da Casa durou 2,15 mil anos, mais do que a Era Cristã, que está no ano 2004.

                            Ora, um serviço que se mantenha por séculos a fio se torna muito apurado, ainda mais que para os “deuses”, os celestiais, os que vieram do Céu, de junto de Deus. Assim, quando nos filmes se vão desenhar as sucessivas librés das augustas casas nobres, deve-se colocar muito apuro nisso, lembrando para quê serviam. É nos detalhes que se afirma a grandeza, a altura de projeto, porque todos são capazes de pintar quadros imensos, de vários metros quadrados; os gênios pintam neles vários milhares de quadrinhos.

                            Vitória, terça-feira, 09 de março de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário