Caverna II
Lá nos EUA lançaram
uma versão de um bioma fechado num domo de vidro e aço no qual se tentou imitar
o ecossistema da Terra e deu errado, por vários motivos que eles explicaram
depois.
Aqui seria um
também, mas não pelos mesmos motivos.
No caso repetiríamos
um Modelo da Caverna, para tentar ver em campo nas condições as mais próximas
possíveis do real como se comportavam os hominídeos durante 10 milhões de anos
dentro das cavernas onde eles modelaram esses que se tornaram depois os
sapiens.
Deveriam criar dois
domos: 1) a caverna - onde ficariam os moradores - no domo menor, para dentro,
recuada e com a boca de saída para dentro da outra; 2) o grande domo no qual
sairiam as mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras e os homens (fêmeas e pseudomachos)
caçadores, estes indo até além do domo, saindo da experiência para voltar com
as carnes prontas.
Daí a coisa
começaria de 10 milhões de anos atrás, tentando-se reproduzir as condições de
então o mais fielmente possível. As pessoas devem viver ali dentro pelos
períodos estipulados, inclusive com crianças, porque seria uma escola geral
para olharmos para trás o nosso passado remoto, no sentido de compreendermos
melhor tudo que criou os alicerces nos quais os sapiens assentaram suas
construções. Os cientistas ficariam em volta e muitos deles participariam os
acontecimentos, de todo modo pegando reportes constantemente para seguir os
sentimentos e os pensamentos dos pseudoprimitivos. Com câmeras instaladas em
toda parte muito se poderia saber, mesmo nessas condições artificiais. Os
participantes poderiam sugerir modificações. E o próprio andar da carruagem
iria sugerir uma série de concepções novas. Os livros que fossem escritos,
chegando às mentes dos outros pesquisadores, mais as comunicações via Internet
ajudariam bastante também. As novas descobertas dos arqueólogos, dos
paleontólogos, dos antropólogos colaborariam ainda mais para o aprimoramento
constante, criando um vínculo biunívoco formidável. Essa retroalimentação mês
após mês faria prosperar essas ciências de forma que não conhecemos ainda, um
ritmo grande mesmo.
Vitória,
quarta-feira, 03 de março de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário